T�pico: Terra: Um Mundo de Regenera��o (Lida 2414 vezes)

dOM JORGE · « **em:** 04 de Abril de 2015, 09:34 »

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

Terra: Um Mundo de Regenera��o

Muito se tem falado sobre a transi��o que vive a Terra, de um mundo de provas e expia��es para um mundo de regenera��o, mas pouco tem sido publicado sobre como ser�o a vida e o planeta quando tivermos atingido este est�gio.

Curioso a respeito, fui em busca de informa��es para poder compor este quadro. Naturalmente, pesquisei na literatura esp�rita as obras consideradas de confian�a, como as compostas por Allan Kardec, Francisco C�ndido Xavier, L�on Denis, Cammile Flammarion, Gabriel Delanne e J. Herculano Pires, principalmente.

N�o foi menor minha surpresa ao constatar que foi escrito muito pouco a respeito. Contudo, satisfazendo a minha curiosidade e o desejo de compartilhar com os meus caros leitores, segue o que encontrei. Este escrito est�, portanto, baseado naquilo que estes nossos grandes mission�rios e benfeitores nos passaram.

E como, sem d�vida alguma, qualquer trabalho neste sentido tem que come�ar pela Codifica��o Kardequiana, apoiamo-nos em O Evangelho Segundo o Espiritismo1, obra do Pentateuco que mais cuida da descri��o das cinco categorias de mundos, segundo a classifica��o criada pelo Mestre Lion�s.

Lendo o cap�tulo mencionado na refer�ncia j� citada, podemos listar as seguintes caracter�sticas mais importantes dos Mundos Regeneradores:

� S�o mundos de transi��o entre os de Provas e Expia��es, como a Terra, e os Mundos Felizes;

� Nestes, j� consciente de seus erros e imperfei��es, o Esp�rito encontra a calma e o repouso necess�rios para completar sua purifica��o;

� Contudo, o homem ainda est� sob forte influ�ncia da mat�ria, experimentando sensa��es e desejos; por�m, j� se encontra liberto das paix�es desequilibrantes e, principalmente, isento do orgulho e da inveja que tanto grassa em nosso globo terrestre;

� Al�m disso, o homem sofre vicissitudes, por ser densa ainda sua mat�ria;

� A palavra �amor� est� bem mais presente, n�o s� em nossas bocas, mas em nossos cora��es;

� As rela��es sociais s�o caracterizadas pela justi�a; existe igualdade, retid�o e equanimidade entre as pessoas;

� Todos reconhecem Deus e tentam d�Ele se aproximar, atrav�s do cumprimento de Suas Leis Divinas;

� Mas � for�oso reconhecer que ainda n�o existe a felicidade perfeita; antevemo-la, mas n�o a vivemos em sua plenitude;

� Ainda suportamos provas, por�m, as expia��es n�o mais fazem parte de nossas vidas;

� Estes mundos representam a bonan�a ap�s a tempestade, o restabelecimento ap�s a enfermidade;

� O homem tem melhor compreens�o sobre o destino que o aguarda, pois est� menos absorvido pelas coisas materiais;

� Mas como �n�o avan�ar � recuar�, nestes mundos ainda existe o perigo da queda; o de retornarmos aos Mundos de Provas e Expia��es, pois ainda fal�vel � o homem...

Talvez fosse suficiente o que vimos at� aqui, para descrever os Mundos de Regenera��o; tanto que Kardec n�o desenvolve muito mais al�m do que citamos; todavia, diante da monumental obra de J. Herculano Pires2, O Esp�rito e o tempo, n�o podemos evitar de complementar com alguns pontos muito interessantes apontados pelo grande fil�sofo esp�rita.

� Na viv�ncia de um mundo em regenera��o, consolidar-se-� a solidariedade c�smica da humanidade terrestre, por um maior interc�mbio entre as esferas celestes. N�o s� atrav�s de maior migra��o encarnat�ria entre mundos similares e dissimilares, bem como pela via das comunica��es interplanet�rias; estas �ltimas, inauguradas por Kardec atrav�s das comunica��es medi�nicas, como as de Mozart e Pallissy, j� emigrados da Terra para mundos melhores.

� O pr�prio planeta Terra progredir� materialmente, acompanhando o progresso moral de seus habitantes.

�Quem pudesse seguir um mundo em suas diversas fases (...) v�-lo-ia percorrer uma escala incessantemente progressiva (...) e oferecer aos seus habitantes uma morada mais agrad�vel (...). Assim, marcham paralelamente o progresso do homem, o dos animais (...), dos vegetais (...), porque nada � estacion�rio na natureza (...).�

Podemos entender sob duas formas de progresso: o naturalmente gerado pela interven��o do homem sobre a mat�ria, como, por exemplo, pela pr�pria mudan�a decorrente da acomoda��o do planeta, que, pelo seu amadurecimento geol�gico, ou atrav�s de qualquer outra interven��o tel�rica que possa ocorrer, proporcionar�o melhores condi��es de vida � humanidade terrestre.

Sem nos esquecermos, acrescentar�amos a a��o ben�fica dos arquitetos espirituais sob as esp�cies vegetal, animal e hominal, tanto no af� de criarem estruturas cada vez mais evolu�das, como no intuito de desenvolverem melhores modelos organizacionais biol�gicos, a serem transplantados na face do globo terrestre, proporcionando corpos f�sicos condizentes com um mundo de regenera��o.

� De um mundo de provas e expia��o, onde prevalece a ordem social, onde os indiv�duos s�o divididos em classes de acordo com suas posses ou poder, onde as rela��es entre os elementos constituintes da sociedade se baseiam praticamente em transa��es utilit�rias, passar�amos para outro, um mundo de regenera��o, regido por uma ordem moral � e, acrescentar�amos, �tica.

�A humanidade regenerada, embora ainda n�o tenha atingido a perfei��o relativa dos mundos felizes, viver� numa estrutura de rela��es do tipo moral. Os valores pragm�ticos ser�o substitu�dos naturalmente pelos valores morais, porque o homem n�o mais valer� pelo que possui (...) ou [pelo] poder [que tenha em suas m�os] (...), mas pelo que revela em capacidade intelectual e aprimoramento espiritual.�

� Do egocentrismo social dos indiv�duos atuais (ego�smo), passando pela pr�tica da caridade, chegar�amos ao altru�smo moral; isto �, destruindo-se o ego�smo que grassa em nosso ser, aprender�amos a praticar a caridade, a princ�pio na doa��o de haveres materiais (assistencialismo), o que nos facultaria chegarmos � caridade em toda sua amplitude (na pr�tica de todas as virtudes com o nosso semelhante); desprendendo-nos, ensinando-nos a doar daquilo que est� em n�s mesmos; enfim, a praticar o altru�smo (moral).

�Mas, a pr�tica da caridade n�o pode limitar-se � cria��o de servi�os de assist�ncia (...).�

E continuando:

�(...) ver� as coisas de mais alto e aprender� que o valor supremo e o supremo bem est�o nas leis de Deus, que s�o a justi�a, o amor e a caridade (...).�

O homem do futuro se dedicar� a educar, e n�o mais apenas em instruir seu semelhante.

A transforma��o dos indiv�duos ser� poss�vel pelas vias da educa��o (Q 917)3: �A educa��o, se for bem compreendida, ser� a chave do progresso moral. Quando se conhecer a arte de manejar os caracteres, como se conhece a de manejar as intelig�ncias, poder-se-�o endireit�-los, da mesma maneira como se endireitam as plantas novas�. Plat�o, Jean-Jacques Rousseau, Johann Heinrich Pestalozzi, Allan Kardec, entre outros, j� de h� muito haviam compreendido e preconizado esta �nica via...

E, por fim, J. Herculano Pires conclui: �O pr�prio Espiritismo � um gigantesco esfor�o de educa��o do mundo, para que a humanidade regenerada de amanh� possa substituir, o quanto antes, a humanidade expiat�ria de hoje�.

Estamos convicto de que nos falta ainda muita informa��o para podermos aferrar uma real compreens�o do que viria a ser este Mundo de Regenera��o; mas, o que Kardec e Herculano descrevem j� � suficiente para que ansiemos por sua chegada...

1. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 129. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 3, itens 16 a 18.

2. PIRES, J. Herculano. O Esp�rito e o tempo. Introdu��o antropol�gica ao Espiritismo. 8. ed. S�o Paulo: Editora Paideia Ltda, 2003. Cap�tulo: Mundo de Regenera��o.

3. KARDEC, Allan. O Livro dos Esp�ritos. Rio de Janeiro: FEB, 2010.

Fabio Alessio Romano Donisi

PAZ, MUITA PAZ!

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