T�pico: Repensar os centros esp�ritas. De Paulo � atualidade (Lida 1361 vezes)

dOM JORGE · « **em:** 29 de Novembro de 2016, 17:47 »

VIVA JESUS!

Boa-tarde! queridos irm�os.

Repensar os centros esp�ritas. De Paulo
� atualidade

Recentemente trabalhamos em conte�do relacionando a��es do Cristianismo primitivo e do Espiritismo e elaboramos dois livros: Ep�stolas de Paulo � luz do Espiritismo (1) e Centro Esp�rita. Pr�tica esp�rita e crist� (2).
Como autor dos livros citados, podemos dizer que ambos se completam. Enquanto trabalh�vamos no texto de Ep�stolas de Paulo, j� pens�vamos para, mais � frente, elaborar uma obra mais espec�fica e direcionada �s realidades dos centros esp�ritas. A t�tulo de refor�o, no subt�tulo do segundo livro, adotamos uma redund�ncia: "esp�rita e crist�", e, no desenvolvimento, sempre procuramos uma fundamenta��o em vers�culos do Novo Testamento e, mais especificamente, nos textos do ap�stolo Paulo.
No primeiro livro destacamos a ess�ncia moral das ep�stolas de Paulo, com interpreta��es fundamentadas nas obras de Allan Kardec e do esp�rito Emmanuel. A nosso ver, as pondera��es das obras de Allan Kardec sobre o Cristianismo devem merecer nossas aten��es, estudos e motivar inspira��es. Entre outras, h� a afirma��o do Esp�rito de Verdade: �No Cristianismo encontram-se todas as verdades; s�o de origem humana os erros que nele se enraizaram.� (3)
Paulo � uma refer�ncia marcante como trajet�ria de vida e por seus escritos hist�ricos. Ali�s, as primeiras ep�stolas surgiram antes da divulga��o completa de cada um dos Evangelhos. Nos primeiros tempos havia apenas manuscritos esparsos dos evangelistas.
O ensino moral contido nas Ep�stolas e a simplicidade dos primitivos crist�os podem colaborar para as necess�rias reflex�es que devem ser feitas nos centros e no movimento esp�rita. O conte�do b�sico das 14 Ep�stolas de Paulo � adequ�vel ao movimento esp�rita, ao relacion�-lo com a Codifica��o Kardequiana e mensagens psicografadas por Chico Xavier.
Tra�os dos princ�pios esp�ritas nas cartas de Paulo
Nessas condi��es, o livro Ep�stolas de Paulo � luz do Espiritismo � in�dito no �mbito da literatura esp�rita.
Nos textos de Paulo h� tra�os preliminares dos princ�pios da Doutrina Esp�rita. Aos Romanos, como em outras cartas, ele enfatiza a compreens�o de Deus, como Pai de todos, independentemente de nacionalidades. O Cristo � defendido como o Messias anunciado pelos profetas, embora n�o tenha sido reconhecido e aceito pelos judeus. Nas ep�stolas aos Cor�ntios, Paulo destaca os dons espirituais, refere-se ao "corpo espiritual" e relata sua viv�ncia de adentrar o "terceiro c�u". Defende a excel�ncia da "caridade", melhor traduzida por v�rios estudiosos b�blicos por "amor". Ao se dirigir a Filemon, Paulo aponta o perd�o, a miseric�rdia e a repara��o. A Ep�stola aos G�latas � fortemente sugestiva para a mais ampla reflex�o e avalia��o sobre as �marcas do Cristo� � no sentido �tico, moral e espiritual � em nossas vidas. Enfim, Paulo adota a �tica e a moral apregoadas pelo Cristo, al�m de atuar como m�dium e de orientar pr�ticas medi�nicas.
Da� a raz�o de Emmanuel t�-lo considerado "[...] o agricultor humano que conseguiu aclimatar a flor divina do Evangelho sobre o mundo"(4).
Na sequ�ncia, refletindo sobre as condi��es do surgimento dos primeiros grupos crist�os, e com base em registros hist�ricos, lembramos os impasses e as enxertias em textos e nas pr�ticas que passaram a ocorrer nos tr�s primeiros s�culos, mesmo antes das organiza��es religiosas estabelecidas a partir do Conc�lio de Niceia (ano 325 d.C.).
A� se torna oportuna a leitura da obra A esquina de pedra (Ed. Clarim, 1975), de autoria de Wallace Leal Valentim Rodrigues, que focaliza aqueles momentos iniciais do desenvolvimento do Cristianismo considerando a �pedra de esquina�, �a cabe�a da esquina� e a �pedra preciosa de esquina� (5), e cita passagem registrada em Atos: "Esta � a pedra que foi rejeitada por v�s, os edificadores, a qual foi posta por cabe�a de esquina.� (6)
Paulo e sua discord�ncia das propostas �judaizantes�
Poucos anos ap�s sua convers�o, Paulo, o antigo doutor da Lei, visitou e optou em deixar a pioneira Casa do Caminho de Jerusal�m, discordando das propostas "judaizantes", e iniciou sua grande tarefa de divulgador do Evangelho para a "gentilidade". Ou seja, n�o aceitou "pr�-requisitos" pr�vios para a convers�o ao Cristianismo.
Interessante � que quase dois mil�nios depois Chico Xavier optou em deixar a bem organizada Comunh�o Esp�rita Crist�, de Uberaba, da qual foi um dos fundadores, e deu in�cio a um novo, pequeno e simples ponto de refer�ncia: o Grupo Esp�rita da Prece, de Uberaba.
A partir dessas reflex�es, trabalhamos na elabora��o do novo livro sobre o centro esp�rita, fundamentado no codificador Allan Kardec e no Novo Testamento, mas temperando com nossas viv�ncias e observa��es obtidas ao longo de 52 anos de atividades no movimento esp�rita em Ara�atuba, S�o Paulo e Bras�lia, nas atua��es em centros esp�ritas, na Uni�o das Sociedades Esp�ritas do Estado de S�o Paulo, na Federa��o Esp�rita Brasileira e no Conselho Esp�rita Internacional.
Dada a nossa trajet�ria esp�rita, desde o centro esp�rita - a base do Movimento - e com vis�o de uni�o experienciada a partir do Estado de S�o Paulo, dentro da estrutura propiciada pela USE-SP, e tendo a oportunidade de conhecer e viver a realidade do movimento esp�rita de todas as regi�es de nosso pa�s - de dimens�es continentais -, com uma grande diversidade de situa��es e de pr�ticas, pensamos em contribuir com subs�dios para o funcionamento dos centros esp�ritas, evocando premissas b�sicas que devem fundamentar o trabalho esp�rita.

Antonio Cesar Perri de Carvalho

PAZ, MUITA PAZ!

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