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  • Nada Existe - conto budista

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Autor Tópico: Nada Existe - conto budista  (Lida 3751 vezes)

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Offline HenriqueSouza

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Nada Existe - conto budista
« em: 25 de Outubro de 2010, 15:02 »
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Convido a todos uma reflexão e um aprimoramento para tratar nosso eu. Nossa reforma intima.

grande abs


Espero que gostem do conto.


Henrique

Nada Existe - conto budista

Yamaoka Tesshu, quando um jovem estudante Zen, visitou um mestre após outro. Ele então foi até Dokuon de Shokoku. Desejando mostrar o quanto já sabia, ele disse, vaidoso:

- A mente, Buddha, e os seres sencientes, além de tudo, não existem. A verdadeira natureza dos fenômenos é vazia. Não há realização, nenhuma delusão, nenhum sábio, nenhuma mediocridade. Não há o Dar e tampouco nada a receber!

Dokuon, que estava fumando pacientemente, nada disse. Subitamente ele acertou Yamaoka na cabeça com seu longo cachimbo de bambu. Isto fez o jovem ficar muito irritado, gritando xingamentos.

- Se nada existe," perguntou, calmo, Dokuon," de onde veio toda esta sua raiva?

conto budista


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Henrique Euripedes de Souza

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Re: Nada Existe - conto budista
« Responder #1 em: 25 de Outubro de 2010, 16:12 »
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Citação de: HenriqueSouza em 25 de Outubro de 2010, 15:02


Convido a todos uma reflexão e um aprimoramento para tratar nosso eu. Nossa reforma intima.

grande abs


Espero que gostem do conto.


Henrique

Nada Existe - conto budista

Yamaoka Tesshu, quando um jovem estudante Zen, visitou um mestre após outro. Ele então foi até Dokuon de Shokoku. Desejando mostrar o quanto já sabia, ele disse, vaidoso:

- A mente, Buddha, e os seres sencientes, além de tudo, não existem. A verdadeira natureza dos fenômenos é vazia. Não há realização, nenhuma delusão, nenhum sábio, nenhuma mediocridade. Não há o Dar e tampouco nada a receber!

Dokuon, que estava fumando pacientemente, nada disse. Subitamente ele acertou Yamaoka na cabeça com seu longo cachimbo de bambu. Isto fez o jovem ficar muito irritado, gritando xingamentos.

- Se nada existe," perguntou, calmo, Dokuon," de onde veio toda esta sua raiva?

conto budista



Hum...

Qual foi a maior descoberta de Buda?? A de que o eu é uma ilusão. Ora, se não existe o eu, logo não existe o tu, e em conseqüência, todos os demais pares de opostos - branco/preto, feio/bonito, pobre/rico, felicidade/infelicidade, bom/mau e assim por diante.

Vou também contar uma estorinha. Havia um assassino que roubava e matava para sustentar seus pais, filhos e esposa. Um dia ele pegou Buda e o ameaçou. E Buda lhe disse: "amarre-me aqui, e vá até sua casa e pergunte se algum dos seus familiares aprovariam ou ficariam do teu lado pelo como tu ganhas a vida". E o homem foi, e chegou perguntando a seus pais, esposa e filhos: "vocês sabiam que eu mato e roubo para sustentar vocês? Vocês aprovam isso?? Vocês também roubariam e matariam se fosse preciso?". E todos responderam: "Não, não aprovamos e tu está errado em fazer isso. Ademais que nos importa? A tua obrigação é nos sustentar".

E então, o homem voltou e desamarrou Buda, e Buda notou que ele estava muito triste, porque tinha percebido que ninguém lhe amava.

Narra o conto então, que, o ex-assassino se tornou um grande meditador, até que um dia, todo rodeado de cupim, os deuses exclamaram: "levanta-te oh sábio". O homem tinha atingido a iluminação.


Abçs
 

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Re: Nada Existe - conto budista
« Responder #2 em: 09 de Novembro de 2010, 01:13 »
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não entendi...

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Offline Khallarion Sunnirius

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Re: Nada Existe - conto budista
« Responder #3 em: 29 de Dezembro de 2010, 08:36 »
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A maior descoberta do Buddha foi:

1° Nobre Verdade - O Sofrimento;
2° Nobre Verdade - A Origem do Sofrimento;
3° Nobre Verdade - O Fim do Sofrimento;
4° Nobre Vedade - O Caminho para o Fim do Sofrimento.

Quando o Buddha se referiu ao sofrimento, ele queria dizer que tudo é impermanente, portanto se tudo é impermanente, tudo um dia irá deixar de existir. O nascimento é sofrimento, o envelhecimento é sofrimento, a enfermidade é sofrimento, a morte é sofrimento. Estar unido com o que odiamos é sofrimento, estarmos separados do que amamos é sofrimento. Qualquer coisa que tenha como base o apego, é sofrimento, pois tudo está destinado a um fim.

O sofrimento vem do apego às coisas impermanentes. O desejo de Ser e Existir, o apego ao prazer nos leva de uma existência a outra, experimentando todos os tipos de sofrimentos.

O fim do sofrimento está em se desapegar, em abrir mão deste desejo, em renunciar ao desejo.

O caminho que leva à Iluminação, ou ao fim do sofrimento é o Nobre Caminho Octuplo: Entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta.


Essa foi a descoberta do Buddha, a maior descoberta de todas. É por esse caminho que os seres podem se libertar do ciclo de renascimento e morte, que não tem nem começo nem fim.


Quanto ao texto inicialmente postado. Quando os budistas dizem "vazio". Não quer dizer vazio de não existência. Não estamos querendo dizer que nada existe e que tudo é uma ilusão e pronto. As coisas são vazias de uma existência inerente, ou seja tudo depende de outra coisa para existir e nada existe por sí mesmo. Tudo o que vemos é um rótulo, se desmembrarmos cada coisa, veremos que tudo é feito de partes e tudo o que vemos não pode existir por sí só. Nese sentido dizemos que tudo é uma ilusão, pois as coisas parecem ser isso, mas na verdade não são o que pensamos que elas sejam.

Um bom exemplo é de um homem que entra em uma sala escura e vê uma cobra no canto da mesma...ele sai assustado e chama outro homem para mostrar a cobra que viu dentro da sala, então o homem acompanha seu amigo e entra no recinto...ele então vê uma forma no canto, mas ao acender a luz, ele percebe que não passava de uma corda. O homem teve a ilusão de ver uma cobra e reagiu de acordo com o que acreditava ver, mas seu medo era vazio em essência, pois não existia cobra na sala.

Quando estamos tomados pelas ilusões e não vemos a verdadeira natureza das coisas, tudo parece ter realidade, tudo parece ser substancial. Nesse nivel, sofremos, pois estamos apegados, sofremos pois estamos mergulhados nessa realidade. Como quando vemos um filme, mas assim que desligamos a televisão, percebemos que era apenas um filme. Do mesmo modo, quando nos iluminamos, percebemos que tudo o que nos fazia sofrer era uma ilusão, pois existia na dependência de coisas impermanentes e que rotulamos, coisas que jamais nos fariam felizes se buscássemos a plenitude nessas coisas impermanentes as quais estávamos apegados.

Se você entende o Vazio de forma superficial, como o jovem monge, você irá gerar uma opinião e essa opinião estará aferrada a um "eu" a um ego, que também é impermanente, que também irá gerar sofrimento por ser impermanente e por existir na dependência de outras coisas. Tudo isso serão rótulos e você apegado à sua individualidade, ao seu ego e às suas opinões, não poderá compreender a Verdade que está para além das opiniões, que é Plena e não depende de nada para existir. Você terá caido em mais uma ilusão, como o jovem monge e não terá realizado Nirvana, que é o desapego e fim do sofrimento.

« Última modificação: 29 de Dezembro de 2010, 08:49 by Khallarion Sunnirius »
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Re: Nada Existe - conto budista
« Responder #4 em: 29 de Dezembro de 2010, 09:23 »
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Bom dia  Khallarion Sunnirius,

Segue para complementar Buda nos dá uma receita que ele chama de 05 agregados do ego.

1-Corpo (formas): é necessário evitar a paixão pela forma, compreender a praticidade da natureza. A paixão pela forma (extensão) enegrece a essência original (a unidade), O surgimento da dualidade se inicia na observação dos valores implícitos no conjunto de verdades de cada um. Desfragmentando as partes do todo a personificação humana codifica e segrega em dois onde só existe um. (eu e deus somos um) , vê feio onde se cria o bonito, vê mal onde se cria o bem....quando tudo é interconectado e complementar. Tudo é deus se expressando.


2-Sensações,( sentimentos): é necessário evitar os reflexos condicionados pela paixão ( boas ou más) , exercendo assim o verdadeiro livre arbítrio na escolha dos sentimentos diante das situações da vida. Jesus, o cristo veio trazer a verdadeira liberdade: “- Eu venci o mundo. não me entregando as suas paixões.” Desta forma ele não se submeteu as intenções do ego em determinar os sentimentos positivos ou negativos nos eventos da vida.

3-Percepções, (os sentidos), é necessário ter as sensações sem apego ou preferência, eliminar o prazer ao ver, ouvir, cheirar, saborear , tatear.( motivo das obsessões) os seres humanos sem carne são atraídos pelas percepções. A vida é um ato mental, um processo de análise do momento. Sendo assim deve-se não se prender as necessidades das sensações, ser equânime e apático, estar acima das dualidades, vislumbrando o caminho do meio.
(se seu olho lhe faz pecar, arranque-o e jogue fora).

4-Formações mentais. ( pensamentos). Reflete a individualidade, criando dependência do prazer, sendo instrumento de desejos e crenças.
É necessário entender que mesmo não gostando do que se passa na vida não se deve entregar-se ao sofrer, falando para si que: se este é o meu caminho , eu aceito sem murmurar. lembrando a frase cristã: " Pai, afasta de mim este cálice, mas que seja feita a sua vontade"
Os seres humanizados pensam na valorização de si mesmo, querem objetivos que enalteçam a vida humana. E esta é a fonte do egoísmo e do orgulho. A vida é um trabalho psicológico, uma luta para aceitar a vida como ela é, não mudando os fatos ou as características das pessoas que convivem com você, mas mudando a si mesmo no processo de se relacionar com o mundo externo e com as pessoas ao seu redor ( sempre instrumento missionário das suas provas). "Da minha declaração de incompetência para mudar a vida nasce a competência para vive-La."

5-Consciência ( memórias acumuladas): é necessário viver o presente no presente para o presente, libertar-se do passado,(cada momento tem o seu valor), desvincular-se de qualquer história. Livrar-se dos rótulos aplicados à pessoas e fatos para a vida viver a vida. Pois viver é permitir que o novo venha sem que os acontecimentos não estejam enraizados em conceitos já pré estabelecidos.
A memória taxa e define cada momento em um fato já experimentado quando deveríamos experimentar cada momento como se fosse o primeiro e único., sem estar conectado a nada.

A identificação com estes 05 agregados é o caminho contrario a elevação espiritual. É o caminho do sofrimento.
As armas para a conquista desta verdade são: 03 usinas de força

1- Deus na vida, deus em cada pessoa, deus na minhas ações e deus em tudo.
2- Fé: confiança e entrega em deus e ausência total do medo nos acontecimentos da vida. A vitória sobre o ego, o agente identificador que nos prende ao sofrimento. A tentação de Jesus no deserto exprime bem esta tarefa.
3- Sangha (comunidade), encontro de pessoas afins na caminhada espiritual. Pessoas que compartilham dos mesmos objetivos e crenças e que se predispõem as se ajudarem mutuamente.

Fonte: http://www.oficinamaya.com/2010/07/os-05-agregados-do-ego.html

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Re: Nada Existe - conto budista
« Responder #5 em: 29 de Dezembro de 2010, 15:16 »
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Correto e para complementar,

As 3 Usinas da Força mencionadas por você, neste caso se referem, na linguagem Budista: ao Buddha, ao Dharma e a Sangha.

Buddha significa Iluminado, ou a Mente Iluminada; Dharma ao Buddha Dharma, ou aos ensinamentos de Buddha e a Sangha é a comunidade Budista de monges e leigos.


PS: Uma coisa interessante a respeito do que foi postado acima é o fato de tomarmos cuidado para não nos deixarmos levar por nossos conceitos e não tentar converter conceitos totalmente diferentes afim de se tornarem aceitáveis para nós.

Deus, karma e Caminho no Budismo se torna muito diferente do que comumente as pessoas estão acostumadas no ocidente, logo, tentar traduzir os ensinamentos de Buddha para uma versão aceita no ocidente é deturpar os conhecimentos e não gera libertação, mas sim mais aprisionamento.

O próprio Buddha diz para no final nos livrarmos do que foi ensinado por ele, do Dharma, pois até mesmo isso se torna um obstáculo, pois podemos criar uma noção individual a respeito desses ensinamentos e tentarmos impor aos demais ou a nós mesmos, tentaremos explicar tudo de acordo com nossa visão e não teremos eliminado o ego, mas apenas nos iludido com mais e mais aparências.

O que foi comentado acima, sobre os 5 agregados, no Budismo se chama Skandhas. Eles são a base pela qual a ilusão se manifesta, pois se refere a nossos agregados físico e psiquicos. O que percebi sobre os ensinamentos acima, é que a tentativa de tradução dos conceitos está deturpando o conhecimento e mais uma vez digo, se desejam alcançar a verdade, preparem-se para deixar de lado até mesmo o que acreditam aceitar. Não que eu esteja falando que está errado, mas veja bem, o que quero dizer é que nosso apego às coisas que podemos explicar, muitas vezes nos fazem ententer menos das coisas.

Por exemplo quando foi dito acima:

"1-Corpo (formas): é necessário evitar a paixão pela forma, compreender a praticidade da natureza. A paixão pela forma (extensão) enegrece a essência original (a unidade), O surgimento da dualidade se inicia na observação dos valores implícitos no conjunto de verdades de cada um. Desfragmentando as partes do todo a personificação humana codifica e segrega em dois onde só existe um. (eu e deus somos um) , vê feio onde se cria o bonito, vê mal onde se cria o bem....quando tudo é interconectado e complementar. Tudo é deus se expressando."

Não podemos dividir a extensão da unidade, pois se fizermos, se dissermos que existe uma coisa chamada extensão e outra unidade, cairemos no relativo e não na unidade, estaremos ainda dentro da extensão, dentro do relativo. Não podemos explicar a Unidade por meios relativos, podemos dizer o que a Verdade não é, mas jamais o que ela é, pois ela está além do que originalmente percebemos. Outra coisa importante é afirmar que Deus e nós somos um. Se você afirma isso, você cai no mesmo problema acima, uma vez que Deus é a Unidade e nós somos relativos. Nunca existiu um "eu", a crença nesse eu quem divide Deus de nós mesmos. Deus é a Natureza de todas as coisas e nunca exitiu nada além dessa natureza.

"2-Sensações,( sentimentos): é necessário evitar os reflexos condicionados pela paixão ( boas ou más) , exercendo assim o verdadeiro livre arbítrio na escolha dos sentimentos diante das situações da vida. Jesus, o cristo veio trazer a verdadeira liberdade: “- Eu venci o mundo. não me entregando as suas paixões.” Desta forma ele não se submeteu as intenções do ego em determinar os sentimentos positivos ou negativos nos eventos da vida."

Livre arbítrio se torna válido quando você percebe que tudo o que você acha que é você, na verdade não passam de agregados condicionados e você não se influencia por eles. Não quer dizer escolha dos sentimentos diante das situações da vida, pois qualquer sentimento é vazio de existência inerente e como vem de um ego vazio de existência inerente, pois nao passa de um conjunto de agregados, não existem sentimentos para se escolher e nem ninguém para escolher tais sentimentos. Essa afirmação do Mestre Jesus é perfeita para essa explicação! Percebam que o Mestre não escolhe sentimentos negativos ou positivos, ele não os acolhe ou os determina, ele é equânime.

O terceiro ponto mencionado no post acima é outra perfeita referência e serve de absoluto para as explicações:

"3-Percepções, (os sentidos), é necessário ter as sensações sem apego ou preferência, eliminar o prazer ao ver, ouvir, cheirar, saborear , tatear.( motivo das obsessões) os seres humanos sem carne são atraídos pelas percepções. A vida é um ato mental, um processo de análise do momento. Sendo assim deve-se não se prender as necessidades das sensações, ser equânime e apático, estar acima das dualidades, vislumbrando o caminho do meio.
(se seu olho lhe faz pecar, arranque-o e jogue fora).

A única coisa que está completamente errada e me atrevo a dizer isso, é essa afirmação de arrancar o olho e jogar fora. Não pense, pelo Amor de Deus, que você deve se livrar do que faz você pecar! Isso não é progredir, é se esconder! O que você deve arrancar e jogar fora é o apego às formas atraves do entendimento correto! Existe uma passagem Budista interessante, onde um Mestre Budista entrou em um prostíbulo; tentaram convercer o Mestre a se deitar com uma mulher e o levaram a um prostibulo, depois de um dia que o Mestre ficou lá dentro, todas as prostitutas sairam de cabeça raspada e manto, carregando uma tigela, ou seja, elas quem viraram monge e não Mestre quem se tentou.

Observem: "4-Formações mentais. ( pensamentos). Reflete a individualidade, criando dependência do prazer, sendo instrumento de desejos e crenças.
É necessário entender que mesmo não gostando do que se passa na vida não se deve entregar-se ao sofrer, falando para si que: se este é o meu caminho , eu aceito sem murmurar. lembrando a frase cristã: " Pai, afasta de mim este cálice, mas que seja feita a sua vontade"
Os seres humanizados pensam na valorização de si mesmo, querem objetivos que enalteçam a vida humana. E esta é a fonte do egoísmo e do orgulho. A vida é um trabalho psicológico, uma luta para aceitar a vida como ela é, não mudando os fatos ou as características das pessoas que convivem com você, mas mudando a si mesmo no processo de se relacionar com o mundo externo e com as pessoas ao seu redor ( sempre instrumento missionário das suas provas). "Da minha declaração de incompetência para mudar a vida nasce a competência para vive-La."

Tomem cuidado novamente para não separar a sí de outros. No momento em que você cria uma opinião você está errado. Não existem outros e você, todos são não-duais. Afirmar qualquer coisa que seja só o faz estar errado como os outros. É o ego quem afirma e rotula, e como todos possuem egos, são incapazes de ver a Verdade, mudando a sí mesmo, você pereberá que os outros mudaram e vice-versa, tudo é interdependente, não existe dentro e fora. Quanto a aceitar a vida como ela é, apenas lembre-se que você é responsável por suas atitudes, você quem modela seu futuro com suas ações e colhe o que fez no passado. Não aceite a vida como ela é, compreenda que você é agente modificador de sua vida e use isso a seu favor.

"5-Consciência ( memórias acumuladas): é necessário viver o presente no presente para o presente, libertar-se do passado,(cada momento tem o seu valor), desvincular-se de qualquer história. Livrar-se dos rótulos aplicados à pessoas e fatos para a vida viver a vida. Pois viver é permitir que o novo venha sem que os acontecimentos não estejam enraizados em conceitos já pré estabelecidos.
A memória taxa e define cada momento em um fato já experimentado quando deveríamos experimentar cada momento como se fosse o primeiro e único., sem estar conectado a nada."

Mas não é apenas isso, pois a consciência não é apenas memória. A consciência é a união de tudo o que comentamos e a identificação com tais coisas. Quando nos identificamos com as formas, geramos sensações, quando geramos sensações temos apego a elas, criamos idéias, com as idéias nos movimentamos e acreditamos ser uma identidade viva e independênte, quando na verdade não somos. Viver o presente significa perceber que as noçoes de tempo, até mesmo de presente pertencem ao ego e que fora desse contexto o tempo não existe e é outra construção mental.


Muitos de vocês podem ou não pensar que estou criticando o que foi postado acima, por nossa amiga. Porém a verdade é mais complexa, não estou criticando, estou apenas mostrando os pontos que estão divergentes dos ensinamentos de Buddha, pois são uma tentativa de adaptação a um conjunto de crenças.

« Última modificação: 29 de Dezembro de 2010, 16:04 by Khallarion Sunnirius »
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Re: Nada Existe - conto budista
« Responder #6 em: 29 de Dezembro de 2010, 16:46 »
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Oi ,
Gostei muito dessa sua análise, você pegou pontos certos, que tem que ser melhor entendidos no texto que eu postei.
 Uma delas lembrou-me uma colocação de Krishnamurti ,quando disse que não fundou nenhuma escola e que não queria seguidores, ele ainda tinha que conviver com o EGO Krishnamurti. A mesma referência você fez quanto a  Bhuddha.
Aliás nenhum iluminado criou religião alguma, apenas trouxe a verdade.

Um abço
Hebe


PS: O restante vou ler com calma e volto a comentar

« Última modificação: 29 de Dezembro de 2010, 17:04 by Hebe.M.C. »
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Re: Nada Existe - conto budista
« Responder #7 em: 29 de Dezembro de 2010, 17:06 »
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Exato!

Os Mestres são emanações do divino, religiões são as interpretações humanas do que os homens compreenderam e meios de manter essa Verdade aprendida viva. O que infelizmente faz com que muito da Verdade seja perdida.

Fico feliz que minhas palavras tenham sido compreendidas de modo absoluto.

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