T�pico: Quem � Jesus (Lida 3707 vezes)

dOM JORGE · « **em:** 17 de Fevereiro de 2014, 10:36 »

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

Quem � Jesus

O ano de 325 � especialmente importante para os crist�os, pois nele ocorreu o Conc�lio de Niceia, que oficialmente instituiu o Catolicismo ou Igreja Cat�lica, que hoje � seguida por mais da metade dos crist�os espalhados pelo mundo, pois existem outras Igrejas, como a ortodoxa, a anglicana e outras que igualmente re�nem os crist�os (inclusive o Espiritismo). At� esse ano os crist�os n�o possu�am nenhuma estrutura oficial que os representasse, mas apenas a comunh�o das diversas igrejas com troca de correspond�ncia e visita��o de quando em vez entre seus representantes. Isso implicou, com o passar do tempo, que uma certa estrutura acabasse surgindo. Antes do Conc�lio, os crist�os eram organizados sob tr�s patriarcas, os bispos de Antioquia, de jurisdi��o sobre a S�ria, a �sia Menor e a Gr�cia; Alexandria, de jurisdi��o sobre o Egito, e Roma, de jurisdi��o sobre o Ocidente. Posteriormente os bispos de Constantinopla e Jerusal�m foram adicionados aos patriarcas por raz�es administrativas. N�o era uma hierarquia formal, mas os patriarcas (ou bispos) dessas localidades agiam no sentido de ajudar a resolver conflitos.

No final do segundo s�culo algumas diverg�ncias de interpreta��o quanto aos escritos sagrados come�aram a ganhar terreno e a separar os pensadores crist�os. Uma dessas diverg�ncias foi fundamental para a convoca��o do Conc�lio de Niceia: a divindade ou n�o de Jesus. Para Alexandre, bispo de Alexandria, Jesus seria Deus, n�o poderia ser simplesmente um homem, filho do Pai Eterno. Entretanto, para Arrius, que pertencia a outra igreja, Jesus era simplesmente o filho de Deus, como todos os demais seres humanos. A decis�o do Conc�lio foi que a ideia de Arrius era uma heresia, e ele foi banido da Igreja Cat�lica, formada ent�o nesse conclave.

Lembremos que o mundo ainda estava sob dom�nio do Imp�rio Romano e que, apesar das intensas persegui��es e mart�rios impostos aos crist�os, os seguidores de Jesus n�o paravam de crescer e contaminavam os pr�prios cidad�os romanos. Interessado em apaziguar o imp�rio e terminar com as disputas religiosas, o imperador Constantino ajudou a articular o Conc�lio de Niceia, levando os bispos a criarem uma igreja que, na verdade, mesclava o cristianismo com o paganismo, surgindo ent�o a teologia cat�lica, com a sant�ssima trindade, a diviniza��o de Jesus, o dogma do mist�rio divino, os sacramentos, os rituais como a missa e assim por diante. Se, por um lado, tivemos o fato positivo do fim das persegui��es aos crist�os, de outro lado tivemos a deturpa��o da mensagem de Jesus, que por s�culos ficaria quase irreconhec�vel.

O pensamento esp�rita sobre Jesus

Para o Espiritismo todos somos criados por Deus, ou seja, Ele � o incriado, e todos os demais s�o suas criaturas, inclusive Jesus, que, como qualquer um de n�s, foi criado como Esp�rito, simples e ignorante, com o potencial divino em germe para, atrav�s da lei de evolu��o, chegar a seu destino, que � comum a todos: a perfei��o. Portanto, Jesus n�o se confunde com Deus, � sua criatura. Como Esp�rito, Jesus � imortal, exatamente como todos os homens, pois todos somos filhos de Deus e todos chegaremos � perfei��o.

Quando Jesus esteve entre n�s, isso h� mais de dois mil anos, ele j� envergava o status de Esp�rito perfeito, ou seja, atrav�s das reencarna��es, realizadas em outros mundos por este universo, ele j� havia alcan�ado o esplendor do amor e da sabedoria. Aqui na Terra, Jesus teve apenas essa encarna��o, quando realizou a miss�o de trazer para a humanidade os conceitos do Evangelho, que exemplificou em esp�rito e verdade, legando aos homens o �amai-vos uns aos outros� e �fazei ao outro somente o que gostar�eis que o outro vos fizesse�.

Segundo informa��es espirituais trazidas atrav�s de diversos m�diuns em tempos e lugares diferentes, j� nesse tempo Jesus era o governador planet�rio, tendo gerenciado a forma��o do nosso mundo, ou seja, ele foi, por assim dizer, cocriador, mas sem se confundir com Deus, que reverenciava como Pai, como Senhor do c�u e da terra.

Quando Jesus informou que �ele e o Pai eram um�, quis significar a perfeita comunh�o de pensamento e de ideal com Deus, por isso ele era o messias que havia de vir, conforme constava das antigas profecias. Para diferen�ar a si mesmo de Deus, afian�ou que bom somente o Pai Celestial, porque ele somente poderia receber o t�tulo de Mestre, por ser um Esp�rito perfeito.

Para a Doutrina Esp�rita n�o h� confus�o nem mist�rio. Deus � o Criador de tudo o que existe no universo, a intelig�ncia suprema, e Jesus � sua criatura, seu filho, um Esp�rito criado simples e ignorante que, com seus esfor�os e experi�ncias reencarnat�rias (realizadas em outros mundos), alcan�ou a perfei��o. Portanto, Jesus n�o est� distante dos homens, todos somos Esp�ritos imortais e todos, um dia, alcan�aremos a perfei��o. Isso n�o minimiza Jesus, n�o o torna menos importante, nem fragmenta sua comunh�o com Deus, pelo contr�rio, o exalta e engrandece sua miss�o.

A literatura esp�rita sobre Jesus

Da valiosa literatura esp�rita, temos que destacar alguns livros de leitura e medita��o obrigat�rias. Iniciemos pela trilogia romanceada de autoria do Esp�rito Emmanuel, atrav�s da psicografia de Francisco C�ndido Xavier, constitu�da pelas obras H� Dois Mil Anos, Cinquenta Anos Depois e Ave, Cristo!. Narrando os prim�rdios do cristianismo, e tendo no primeiro volume a presen�a de Jesus, comp�em um manancial de aprendizados hist�ricos e evang�licos de grande import�ncia, impactando o leitor com narrativas repletas de emo��o.

Ainda da lavra medi�nica de Francisco C�ndido Xavier, o t�o conhecido Chico Xavier, temos igualmente que destacar o livro Boa Nova, autoria espiritual de Humberto de Campos, onde o autor re�ne conte�dos sobre as li��es de Jesus extra�dos dos arquivos do mundo espiritual, fazendo revela��es que impressionam, e levando o leitor a novas descobertas desse tesouro infind�vel que � o Evangelho.

Da psicografia de Divaldo Pereira Franco, n�o podemos deixar de trazer a s�rie de livros escritos pelo Esp�rito Am�lia Rodrigues, com in�cio em Prim�cias do Reino, trazendo Jesus para bem perto de todos n�s, quando temos oportunidade de estar naqueles dias, assistindo aos fatos e li��es imorredouras.

De autores esp�ritas encarnados vamos fazer tr�s destaques: Herm�nio Miranda com seu belo trabalho Cristianismo, a Mensagem Esquecida; Herculano Pires, com sua obra Revis�o do Cristianismo, e Pedro de Camargo com seus livros Em Torno do Mestre e Na Seara do Mestre.

E n�o poder�amos deixar de citar duas obras imprescind�veis para estudo, ambas de Allan Kardec: O Evangelho segundo o Espiritismo, onde encontramos estudo sobre os ensinos morais de Jesus, e A G�nese, onde temos estudo sobre os milagres e predi��es do Evangelho. Nesses livros o codificador do Espiritismo comparece com estudos e reflex�es da mais alta import�ncia, sempre com aquele racioc�nio agudo e l�gico do mestre franc�s.

Poder�amos trazer aqui outros autores, encarnados e desencarnados, mas n�o temos a pretens�o de listar tudo o que existe sobre Jesus na literatura esp�rita. Apenas indicamos o que nos parece imprescind�vel � leitura, deixando o leitor � vontade para conhecer mais.

�ltimas palavras

Jesus � o guia e modelo da humanidade, o Esp�rito mais perfeito que Deus concedeu ao homem conhecer. Segui-lo � o nosso dever. Manter seus ensinos como ele nos legou e pratic�-los em todas as situa��es da vida � o que devemos fazer. N�o esque�amos: Jesus � o caminho, a verdade e a vida, e somente atrav�s dele estaremos com Deus, nosso Pai.

Marcus De Mario

PAZ, MUITA PAZ!

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