T�pico: O An�ncio dos nascimentos de Jo�o Batista e de Jesus (Lida 2564 vezes)

dOM JORGE · « **em:** 08 de Fevereiro de 2012, 08:16 »

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

O An�ncio dos nascimentos de Jo�o Batista e de Jesus

Vejamos a grandeza da M�e de nosso Senhor e a seguran�a com que agia analisando seu comportamento num momento que seria de tens�o para qualquer um, o an�ncio de que seria a m�e do Filho do Alt�ssimo.

Um anjo fez esta revela��o para Maria, ela seria m�e do Messias. S� isto j� bastaria para deixar qualquer um apreensivo.

O povo hebreu esperava um Messias h� muitos s�culos, ele seria o libertador dos seguidores de Mois�s, reunificaria as doze tribos e faria de Israel a maior entre todas as na��es.

Vivia-se um per�odo de conflitos, o imp�rio romano dominava a na��o judaica, e o povo de Israel desejava ardentemente algu�m que revertesse esta situa��o. Muitos �quele tempo diziam ser o Messias, ele era aguardado ansiosamente�

Por que ser ele filho de uma mulher t�o simples? Deve ter pensado, Ele poderia ser filho de um sumo sacerdote, de um rei, de algu�m realmente preparado para lhe dar melhores condi��es. Ela deve ter tido v�rios conflitos a respeito. Deve ter perdido v�rias noites de sono se perguntando como educar o menino, um verdadeiro Filho de Deus. E se ela falhasse, atrapalharia os planos do Todo Poderoso? Deus tem seus mist�rios e Maria tudo refletia em seu cora��o.

N�s gostar�amos de analisar dois aspectos na passagem do an�ncio do anjo a Maria, comparando�a a um an�ncio semelhante feito pela mesma entidade espiritual a Zacarias, aquele que seria o pai de Jo�o Batista. Quem narra � Lucas:

An�ncio a Zacarias

Existiu, no tempo de Herodes, rei da Jud�ia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias, e cuja mulher era das filhas de Ar�o; e o seu nome era Isabel. 6 E eram ambos justos perante Deus, andando sem repreens�o em todos os mandamentos e preceitos do Senhor. 7 E n�o tinham filhos, porque Isabel era est�ril, e ambos eram avan�ados em idade. 8 E aconteceu que, exercendo ele o sacerd�cio diante de Deus, na ordem da sua turma, 9 Segundo o costume sacerdotal, coube-lhe em sorte entrar no templo do Senhor para oferecer o incenso. 10 E toda a multid�o do povo estava fora, orando, � hora do incenso. 11 E um anjo do Senhor lhe apareceu, posto em p�, � direita do altar do incenso. 12 E Zacarias, vendo-o, turbou-se, e caiu temor sobre ele. 13 Mas o anjo lhe disse: Zacarias, n�o temas, porque a tua ora��o foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dar� � luz um filho, e lhe por�s o nome de Jo�o. 14 E ter�s prazer e alegria, e muitos se alegrar�o no seu nascimento, 15 Porque ser� grande diante do Senhor, e n�o beber� vinho, nem bebida forte, e ser� cheio do Esp�rito Santo, j� desde o ventre de sua m�e. 16 E converter� muitos dos filhos de Israel ao SENHOR seu Deus, 17 E ir� adiante dele no esp�rito e virtude de Elias, para converter os cora��es dos pais aos filhos, e os rebeldes � prud�ncia dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto. 18 Disse ent�o Zacarias ao anjo: Como saberei isto? pois eu j� sou velho, e minha mulher avan�ada em idade. 19 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas.1

O An�ncio a Maria

No sexto m�s, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galil�ia, chamada Nazar�, 27 a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era Jos�; a virgem chamava-se Maria. 28 E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, cheia de gra�a! O Senhor � contigo. 29 Ela, por�m, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e p�s-se a pensar no que significaria esta sauda��o. 30 Mas o anjo lhe disse: Maria, n�o temas; porque achaste gra�a diante de Deus. 31 Eis que conceber�s e dar�s � luz um filho, a quem chamar�s pelo nome de Jesus. 32 Este ser� grande e ser� chamado Filho do Alt�ssimo; Deus, o Senhor, lhe dar� o trono de Davi, seu pai; 33 ele reinar� para sempre sobre a casa de Jac�, e o seu reinado n�o ter� fim. 34 Ent�o, disse Maria ao anjo: Como ser� isto, se eu n�o conhe�o homem algum?2

� nas rea��es que percebemos o est�gio evolutivo de um Esp�rito, assim vamos analisar apenas as rea��es de nossos personagens:

Ao ser abordado pelo anjo, narra o evangelista que Zacarias turbou-se, e caiu temor sobre ele. E ap�s Gabriel, o anjo, lhe falar sobre a gravidez de Isabel, sua esposa, e sobre a evolu��o do Esp�rito que viria ao mundo como enviado de Deus, atrav�s deles, Zacarias inquiriu: Como saberei isto? pois eu j� sou velho, e minha mulher avan�ada em idade.

Com Maria se deu um pouco diferente.

O mesmo Esp�rito, Gabriel, lhe apareceu e saudou-a. Conta-nos Lucas que ela ao ouvir a sauda��o, perturbou-se muito e p�s-se a pensar no que significaria esta sauda��o. Do mesmo modo que com Zacarias, ele explicou que ela iria dar � luz um filho e que ele seria chamado Filho do Alt�ssimo e ainda comentou sobre os prod�gios que ele faria. Ela reagiu dizendo: Como ser� isto, se eu n�o conhe�o homem algum?

Antes de entrar propriamente na an�lise do comportamento dos dois, � importante saber um pouco sobre quem eram e em qual ambiente receberam a mensagem da Espiritualidade Superior.

Zacarias era um sacerdote, ou seja, trabalhava no templo, era pessoa que cultivava as quest�es espirituais e estudava a Torah. E n�o s� isso, segundo o texto evang�lico era considerado um justo, e al�m de estudar, seguia de modo irrepreens�vel os mandamentos e estatutos de Deus. Informa-nos ainda Lucas, que era de idade avan�ada, o que significa que tinha amadurecimento.

Em que ambiente estava quando recebeu a mensagem? No templo, no Santu�rio do Senhor; realizava o of�cio de queimar o incenso. Podemos dizer em linguagem moderna e esp�rita, que estava num servi�o espiritual em comunh�o com os Esp�ritos e diz o texto evang�lico que as pessoas que o aguardavam do lado de fora estavam em ora��o. � como se ele estivesse numa mesa medi�nica, e os que estavam na assist�ncia orassem mantendo a vibra��o e auxiliando-o em seus trabalhos.

Neste ambiente de vibra��es elevadas, e sendo ele j� experiente no servi�o e de moral elevada, seria muito natural uma manifesta��o espiritual como a que aconteceu, mesmo assim, apesar de todo o seu preparo e tamb�m do ambiente, quando a manifesta��o aconteceu ele teve medo: caiu temor sobre ele. E teve mais, ele ficou c�tico, n�o acreditou no que o anjo lhe falava e pediu um sinal, uma prova: Como saberei isto?

Maria por sua vez era uma adolescente. N�o sabemos bem a sua idade, mas muito provavelmente tinha entre doze e quatorze anos. Ou seja, pelo menos em mat�ria de idade n�o tinha grande amadurecimento e preparo. O evangelista n�o diz onde ela estava, mas provavelmente estava em casa, onde habitualmente n�o � comum a manifesta��o de Esp�ritos. Mesmo assim o anjo se manifesta, era natural que ela tamb�m se perturbasse, e foi o que aconteceu. Entretanto, o redator b�blico nos informa que ela p�s-se a pensar no que significaria esta sauda��o, o que podemos depreender que apesar da perturba��o ter sido grande, diz o texto que perturbou-se muito, ela equilibrou-se r�pido pois exerceu uma a��o que s� quem est� senhor de si assim faz, p�s-se a pensar. No momento do susto, quem est� sob o impacto do medo n�o pensa, reage simplesmente. Ela teve tranquilidade, oxigenou o c�rebro, e buscou compreender o porqu� daquela sauda��o. Como era natural, o anjo a orientou que n�o temesse, o mesmo j� havia acontecido com o marido de sua prima, todavia ela surpreendeu at� mesmo o Mensageiro do Senhor, pois o texto n�o fala que ela temeu, e ap�s a exposi��o de Gabriel sobre a gravidez maravilhosa por que ela passaria, o que seria mais um motivo de apreens�o, ela ao contr�rio de Zacarias, creu imediatamente, e se inquiriu o anjo a respeito n�o foi pedindo-lhe provas, mas buscando entender como se daria o processo j� que n�o tivera rela��es com nenhum homem.

O texto � claro: Como ser� isto, se eu n�o conhe�o homem algum? A partir do momento em que ela pergunta como ser� isto�? � porque j� admitia o fato, sua f� j� lhe abastecera, por�m ela quis saber mais j� que n�o tivera contato sexual com seu noivo. Podemos com seguran�a dizer que o que Maria teve foi muita lucidez e naquele momento ela praticou o que Kardec dezenove s�culos depois chamaria de f� raciocinada, ela n�o creu de forma cega, mas tendo a confian�a superior, raciocinou, inquiriu e aprofundou seu estado intuitivo. Mostrou que j� tinha vindo preparada para sua miss�o e que era um Esp�rito superior, acima da m�dia, at� mesmo de Zacarias que tamb�m fora preparado no plano espiritual, que tamb�m era de boa condi��o moral, mas em quem o n�vel de esquecimento era maior devido sua menor condi��o em rela��o a Maria.

E consumando sua atitude de f�, pois como falaria mais tarde Tiago, a f�, se n�o tiver as obras, � morta em si mesma3., p�s-se a servi�o em nome de Deus dando para todos n�s significativo exemplo: Eu sou a serva do Senhor; fa�a em mim segundo a tua palavra.4

1 Lucas, 1: 5 a 19

2 Lucas, 1: 26 a 34

3 Tiago, 2: 17

4 Lucas, 1: 38

Autor: Claudio Fajardo de Castro (Juiz de Fora/MG)

PAZ, MUITA PAZ!

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