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Autor Tópico: Individualismo e solidariedade  (Lida 826 vezes)

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Offline jose da silva de jesus

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Individualismo e solidariedade
« em: 16 de Abril de 2019, 23:23 »
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Individualismo e solidariedade

De tempos em tempos vemos ressurgir uma mania de individualismo. O momento atual é um destes, parecido com a cultura dominante nos anos 80, em que os interesses individuais parecem estar na moda e os interesses coletivos estão meio que deixados de lado. Estão na moda os produtos de grife exclusivos, o culto à personalidade dos bilionários, as empresas que prometem investimentos arriscados e altamente lucrativos, os esquemas mirabolantes e as pirâmides voltaram com toda força. Estão meio que fora de moda as associações, as cooperativas, os sindicatos as ONGs e também as construções coletivas da sociedade, conhecidas como serviços públicos.

Isto se reflete também no cenário político atual em que entrou em moda mais uma vez a privatização, a tomada dos espaços coletivos que visam um bem público para serem transformados em espaços privados voltados para o lucro individual.

Mas vejamos para onde esta moda que se repete já nos levou no passado e para onde novamente ameaça nos levar.
Privatizamos a educação e logo a sociedade estará separada entre aqueles que possuem uma educação de alto nível, formando uma verdadeira casta privilegiada, e o resto da população, sem acesso à educação de qualidade, uma maioria de analfabetos.

Tiramos a saúde das mãos do poder público e colocamos nas mãos do poder privado e logo a população mais pobre não tem acesso a nenhum tipo de assistência médica, doenças simples se tornam uma sentença de morte, como ainda ocorre em muitos países onde a saúde pública não existe.

Transformamos um serviço essencial como as forças armadas em negócio privado, como querem muitos, e logo a guerra vira um negócio para estes grupos privados que ficam livres para cometer todo tipo de atrocidade, como aconteceu com as empresas privadas de guerra no Iraque.

Tira-se o controle social sobre a polícia, como pregam os mesmos radicais, e logo empresários poderosos poderão decidir quem deve e quem não deve ser investigado e vigiado e até decidindo por conta própria quem deve ser considerado criminoso e quem terá passe livre da interferência da polícia em suas atividades.

Privatiza-se a justiça, como querem muitos empresários que tentam impor ideia dos tribunais arbitrais, e logo o lado mais forte, que já possui sempre os melhores advogados, também escolherá quem serão os juízes.
E se fossemos levar mais ainda adiante o delírio da privatização total, imaginamos empresas privadas controlando e ditando qual o tipo de educação que os pais devem dar aos filhos e decidindo quais os valores morais devem ser ensinados.

Quando falamos em privatizar a educação, a saúde, as forças armadas e a segurança pública, pode ser que você não perceba o tipo de sociedade opressora que começa a se desenhar, uma sociedade onde não existe nenhuma liberdade individual porque tudo é controlado por alguns indivíduos poderosos. Mas com certeza todos percebemos que há algo errado quando falamos em privatizar (como querem muitos) a justiça e até a educação dos filhos.

O avesso desta sociedade que desenhamos acima é uma baseada na solidariedade e fraternidade. Não uma outra ditadura onde o estado controla tudo, porque na prática se algumas pessoas controlarem tudo, sejam empresários ou políticos, o resultado será o mesmo, opressão e miséria. Mas o oposto desta distopia é uma sociedade democrática onde os interesses coletivos não são comandados por entes privados nem por um estado ditatorial que atende aos interesses privados de uma casta política.

Vejamos, se decidirmos que numa sociedade que valoriza o mérito individual todos ao nascer tem direito a uma educação igual, o filho do rico e do pobre sentarão lado a lado na mesma sala de aula e o destino deles será ditado pela capacidade e dedicação de cada um, e não pelo tamanho da conta bancária de seus pais. Se decidirmos que a saúde é um direito universal e que a vida de uma pessoa não vale só o quanto ela possui no banco, todos deverão ter direito ao mesmo tratamento para as mesmas doenças. Se decidirmos que as forças armadas devem defender o interesse público e não um mercado da guerra, as forças armadas farão de tudo para evitar a guerra. Se a polícia estiver sob amplo controle e fiscalização da sociedade ela será respeitada e confiada, porque não irá defender interesses privados de empresários e até interesses do crime organizado que se disfarça de iniciativa privada. Já juízes pagos pelo dinheiro público e que não podem ser escolhidos e manipulados por interesses privados são um dos pilares da boa justiça.

Não estamos defendendo uma utopia em que o estado domina tudo e tudo é perfeito, nem um coletivismo inocente e hippie, na verdade a maioria das pessoas trabalha por conta própria como autônomos, profissionais liberais, cooperativas e pequenos empresários que montam negócios que funcionam muito bem sem interferência do estado. Mas existem certos tipos de serviços que são necessários para o bom funcionamento de uma sociedade e mesmo que possam se tornar muito lucrativos quando colocados a serviço do interesse privado, não podem ser retirados do controle público sob pena de sermos arrastados para a miséria e a opressão.

Em momentos em que o individualismo entre em moda e que espíritos gananciosos e radicais pregam uma suposta libertação de um “estado opressor”, temos de ter cuidado para não sermos manipulados a acreditar que estaríamos melhor se deixássemos de ser cidadãos possuidores de deveres e direitos e nos tornássemos meros clientes de negócios privados onde nossa liberdade, nossa saúde e nosso futuro vale tanto quanto possuímos no bolso.

Sabemos que qualquer filosofia ou ideal que se apoie na ideia do individualismo está destinado ao fracasso. As modas por definição são coisas passageiras e esta moda atual de valorização do individualismo egoísta, que coloca o lucro acima das pessoas, não pode ser duradoura. O espiritismo nos explica que a sociedade e os espíritos encarnados que a compõem evoluem constantemente, mas esta evolução é em forma de espiral, por isso não podemos nos deixar levar pelo sentimento de que vamos regredir ao individualismo e a completa destruição das construções coletivas, quando na verdade estamos enfrentando um ciclo que em breve vai nos mostrar um futuro bem melhor do que o passado. Mas enquanto isso temos de cuidar para que esta moda atual não faça estragos de difícil reparo, como o homem que entra em uma moda de viver na floresta em contato com a natureza e põe fogo na própria casa, quando moda passar ele estará morando na rua.

Façamos o que pudermos para salvar as instituições públicas enquanto ainda for possível, a educação, a saúde, a previdência, a polícia, a justiça e todas as construções coletivas que amenizam o sofrimento dos mais necessitados. Estas construções coletivas são uma das formas que encontramos de mostrar a Deus que nos importamos e que desejamos amparar ao nosso próximo, da mesma forma que esperamos ser por ele amparados.


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