T�pico: Finalidade da vida (Lida 1771 vezes)

dOM JORGE · « **em:** 13 de Novembro de 2013, 07:27 »

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

Finalidade da vida

Estimados irm�os e irm�s em Cristo, paz seja conosco.

Trataremos hoje de um assunto muito s�rio: a finalidade da vida. Para tal, faremos algumas considera��es sobre a exist�ncia de Deus e a imortalidade da alma.

Remontemos � alma. Como surge? Quando? Onde? Por qu�? Para qu�?

Dizia Lavoisier (1743 � 1794), o pai da qu�mica, que na �natureza nada se cria, nada se perde, tudo de transforma�. Fil�sofo e g�nio franc�s, Lavoisier teve a infelicidade de viver na �poca da Revolu��o Francesa e foi guilhotinado pelos burgueses revoltosos em 1794, quando ainda estava com 50 anos de idade.

No s�culo seguinte ao de Lavoisier, Charles Darwin (1809 - 1882), naturalista brit�nico, apresentaria ao mundo sua teoria da sele��o natural e sexual. Essa teoria viria a tornar-se o paradigma central dos diferentes fen�menos biol�gicos.

Nesse mesmo s�culo, por meio das vozes dos Esp�ritos, surge a revela��o de que, no universo, existem tr�s elementos gerais: Deus, esp�rito e mat�ria (quest�o 27 de O Livro dos Esp�ritos � LE). Dizem os Esp�ritos superiores que, �ao elemento material � preciso juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermedi�rio entre o esp�rito e a mat�ria propriamente dita�. O fluido universal nada mais � do que a energia em estado quintessenciado.

Surge mais um s�culo e, em 1905, Einstein demonstra que a energia, chamada fluido pelos Esp�ritos, possui, como a mat�ria, a propriedade da in�rcia ou massa. Confirma, assim, a teoria lavoisiana de que �a mat�ria, ao n�vel das rea��es qu�micas, n�o desaparece, se transforma�.

Algumas d�cadas depois, por interm�dio de um Esp�rito chamado Andr� Luiz, recebemos diversos livros, psicografados por Chico Xavier, com narra��es sobre a vida espiritual, que nos reafirmam a grande verdade comprovada cientificamente: �a mat�ria � luz coagulada�, ou: �a mat�ria � energia condensada�. Al�m disso, a psicologia confirma-nos que at� o pensamento � mat�ria.

Estaria assim confirmada a teoria materialista?

N�o, muito pelo contr�rio. O que foi confirmado � a teoria dos Esp�ritos sobre a exist�ncia, no universo, de uma �trindade universal� que n�o � a do pai, filho e esp�rito santo, da Igreja, mas a da presen�a, c�smica de um Esp�rito ordenador e regulador de tudo o que existe, ao qual podemos denominar Deus, grande Arquiteto, Ser supremo, suma Intelig�ncia etc., mas que a tudo rege, a tudo prev� e prov�. Ele como que ejeta de Si, incessantemente, pela a��o de seu pensamento, uma for�a que movimenta inteligentemente a subst�ncia do universo: o elemento espiritual, que pode sofrer os mais diversos tipos de transforma��o, sob o poder da Sua Intelig�ncia.

� desse elemento espiritual que prov�m a intelig�ncia universal, da qual se formam as individualidades dos Esp�ritos.

Deus � o Eu sou, citado nas escrituras sagradas, o Ser incriado, eterno, imut�vel, �nico, soberanamente justo e bom, a que os Esp�ritos superiores denominam intelig�ncia suprema e causa primeira de todas as coisas (quest�o 1 do LE). Pois bem, o pr�prio Jesus Cristo, ao se dirigir � samaritana que tirava �gua do po�o, esclareceu-lhe: �� Deus � Esp�rito [...]� (Jo�o, 4: 24).

Mas tamb�m somos Esp�ritos divinos, pois o Cristo confirmou o salmista, em Jo�o, quando lembrou aos judeus de sua �poca: �� Est� escrito, v�s sois deuses [...]� (Jo�o, 10: 34). Somos, pois, deuses gerados, Esp�ritos filhos do Esp�rito, Pai de tudo o que � formado e se transforma, vez que, viu bem Lavoisier, nada se perde na natureza.

Podemos, ainda, entender a modifica��o eterna n�o somente dos seres, como prop�s Darwin, mas tamb�m de tudo o que existe. Segundo os Esp�ritos superiores (quest�o 607-a do LE), tudo na natureza se encadeia e tende para a unidade. Do elemento inteligente universal (quest�es 606 e 606-a LE) surgem as almas dos animais e as dos homens, mas a intelig�ncia destes passa por uma elabora��o superior � dos animais.

Antes de responder � pergunta sobre o surgimento da alma, recordo-lhe, leitor inteligente, que, assim como h� um mundo material, h� tamb�m um mundo espiritual, �que preexiste e sobrevive a tudo� (quest�o 85 do LE).

E o que � a alma? Nada mais que �um esp�rito encarnado� (quest�o 134 do LE). Passemos ao surgimento da alma. Ao longo de milh�es de anos, o esp�rito inteligente � elaborado em sua passagem pelos tr�s reinos: mineral, vegetal e animal. E est� confirmada a teoria da evolu��o das esp�cies de Darwin.

Esse naturalista equivocou-se apenas num detalhe: tudo prov�m de Deus e a Ele retorna, numa evolu��o infinita, pois, ap�s o reino mineral, sucedido pelo vegetal que, por sua vez, evolui para o animal, surge o reino hominal e, por fim, o �ltimo degrau da evolu��o espiritual: o reino angelical, quando j� se pode afirmar, como disse o Cristo: � �Eu e o Pai somos um� (Jo�o, 10: 30).

E o que fazem os anjos? Tocam trombetas eternamente, sentados � m�o direita de Deus? N�o, meu amigo, para esses Esp�ritos puros, o trabalho � uma lei. Leia no evangelho o que disse Jesus: �� Meu Pai trabalha at� hoje, e eu trabalho tamb�m� (Jo�o, 5: 17).

Esse trabalho n�o �, por�m, sin�nimo de exaust�o em atividades mon�tonas, entediantes. � o poder de transforma��o com Deus - �nico que tamb�m cria -, de desfrute indefin�vel, na linguagem humana, das del�cias das produ��es transformadoras muito acima da arte e da ci�ncia med�ocres dos homens da Terra.

Concluamos, pois, com o poeta-fil�sofo do Espiritismo, L�on Denis (In: O grande enigma. Rio de Janeiro: FEB, 2008, cap. 1.):

De igual maneira que em n�s a unidade consciente, a alma, o eu, persiste no meio das modifica��es incessantes da mat�ria corporal, assim, no meio das transforma��es do universo e da incessante renova��o de suas partes, subsiste o Ser que � a Alma, a Consci�ncia, o Eu que o anima e lhe comunica o movimento e a vida.

Ou seja, o que se transforma, incessantemente, no mundo f�sico, � a mat�ria, at� atingir a condi��o de esp�rito inteligente, a partir do qual participa da vida de eterna aventura; at� atingir, com Deus, a eterna ventura da vida, ao compreender e praticar Sua Lei do Amor. Foi o que tamb�m levou o poeta L�on Denis a dizer que a alma dorme no mineral, sonha no vegetal, agita-se no animal, desperta no homem e prossegue evoluindo na condi��o de anjo (In: O problema do ser, do destino e da dor. Ed. FEB).

Desse modo, a alma � elaborada na mat�ria, mas para tornar-se individualizada, �-lhe acrescentado o elemento inteligente universal, princ�pio espiritual. Surge, assim, o Esp�rito, que, ao encarnar, � denominado alma.

Por que surge a alma? Porque estamos nos transformando, desde a elabora��o divina dos elementos primitivos. Para qu�? Para atingir a perfei��o (quest�o 132 do LE). Primeiro, no reino material, em seguida, individualizados, no espiritual. Quando tal acontecer, teremos atingido o para qu�: para alcan�armos a felicidade dos Esp�ritos perfeitos, como colaboradores divinos.

Tudo isso, pelo Poder da Vontade de Deus, expresso nesta frase: Fiat lux (G�nesis, 1: 3). E a luz foi feita.

Aproveitemos, pois, para realizar todo o bem que pudermos. Desse modo, aprendendo e trabalhando sempre, em prol do bem de todos e sob a dire��o de Jesus Cristo, j� estaremos recebendo, desde j�, o c�ntuplo do que fizermos pelo nosso pr�ximo (Mateus, 19: 29), sem o qual n�o � poss�vel existirmos.

Assim, a pr�pria raz�o do Ser divino justifica-se por sua obra, que n�o se confunde com Ele, mas que, como proje��o do Seu pensamento, da Sua vontade, na subst�ncia material e espiritual, age de modo incessante, s�bio e eterno, amando at� mesmo os tolos que duvidam de Sua exist�ncia. Deus � Amor.

Somos todos, portanto, interdependentes, pois, como diz Paulo: "Em Deus existimos, em Deus nos movemos". Ao que completamos: convivemos, nos amamos e nos transformamos. Fica com Deus, amigo; Deus te proteja, amiga.

Jorge Leite de Oliveira

PAZ, MUITA PAZ!

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