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OláPenso que é muito perigoso classificar o comportamento moral das pessoas de acordo com as suas crenças. E pouco rigoroso estabelecer uma relação causa efeito entre as crenças religiosas ou espirituais que as pessoas dizem ter e o respectivo comportamento. Há materialistas que manifestam um comportamento de excelentes pessoas, como os há que se mostram péssimas pessoas, como os há assim assim. E estatisticamente nada prova que as pessoas religiosas sejam melhores do que as pessoas adeptas das doutrinas materialistas. Pelo menos eu não conheço nenhuma prova cientifica disso. A doutrina materialista não manda ninguém ser mau. Nem ninguém tem o direito de fazer o mal aos outros com base na ideia que tem crenças materialistas. A ideia de igualdade de direitos e oportunidades entre os homens não é uma ideia espiritualista, faz parte de doutrinas filosóficas materialistas, religiosas e espiritualistas. Os sistemas sociais de protecção automática (para não termos que recorrer à esmola e à caridade) estão previstos em várias doutrinas politicas, independentemente da religião daqueles que são adeptos das mesmas. A ecologia, a preservação do ambiente é defendida politicamente independentemente de doutrinas religiosas. A doutrina espirita, que é baseada também nas palavras de Jesus de Nazaré, vão é mais longe: não só os homens encarnados devem ter igualdade de oportunidades e direitos, e os que não têm possibilidade de trabalhar, para se sustentar, devem ter acesso a um sistema social automático e solidário, mas também os espiritos são igualmente importantes para Deus e para o universo. Deus é imparcial, não beneficia nem prejudica espiritos em relação uns aos outros. As regras, ou seja, as leis da natureza, são iguais para todos. Quando vejo colocar a questão religiosa como uma luta do bem contra o mal, estamos a pressupor que aqueles que não pensam como religiosos são do mal. Com esse tipo de atitude, os religiosos talvez sejam mais prejudiciais do que os materialistas. Pois transformam uma questão ideológica numa questão moral. E se os outros são do mal, o religiosos sente a necessidade de os combater. A violência facilmente é despoletada por essa atitude. Não é isso que Jesus ensinou. Mas é isso que, ao longo de 2000 anos, muitos homens religiosos, que se auto-denominavam "do bem", fizeram. A santa inquisição, as cruzadas, o que se passa em parte do mundo Islâmico, em relação ás mulheres, ainda nos dias de hoje, são tudo comportamentos de religiosos que se dizem "do bem". Todos eles se proclamam ou proclamavam do bem, em luta contra o mal.O mal da humanidade não está nas ideologias, mas na hipocrisia e no cinismo, no facto de os homens dizerem uma coisa e fazerem outra.Se verificarmos as estatísticas, a maioria das pessoas diz acreditar, pelo menos em termos a titulo de hipótese, na vida depois da morte. Em Portugal as estatísticas falam de 55% das pessoas. Nos EUA de 75%. Portanto o mal do mundo não é dos que se dizem adeptos da doutrina materialista, pois esses estão em minoria. Assim, a acção das pessoas, os factos, é que dizem quem elas são e o que pensam, não a conversa, nem a ideologia politica que dizem defender, nem a religião ou doutrina espiritual de que se dizem adeptos. Ser do bem é praticar o bem, ser do mal é praticar o mal. Ora todos praticam o bem e todos praticam o mal. Nem que seja apenas por omissão. Ninguém é perfeito. Ninguém é do mal, ninguém é do bem. Cada acto deve ser julgado por si. Devemos apoiar as boas atitudes, sejam quaisquer forem as crenças dos autores delas. Não devemos ser coniventes com as más atitudes e, se necessário devemos reprimi-las, sejam quaisquer forem as crenças dos autores delas, e, acima de tudo, não sermos nós mesmos a praticar más atitudes, ou atitudes que reprovamos nos outros. Devemos classificar e julgar actos, factos, e não pessoas, nem intenções, nem as crenças que as pessoas dizem ter. Isso chama-se descriminação religiosa. Que tanto pode existir de ateus para religiosos, como de religiosos para ateus.Em suma, não posso concordar, de forma nenhuma, com a ideia que os que não são espiritas, ou não são religiosos, são do mal. Isso é absurdo. bem hajam
O novo companheiro Zakzor disse: (ref #3) Zakzor: O mais importante na vida é o nosso pensamento. Não as coisas que fazemos, mas porquê as fazemos. Tudo isso se vai repercutir na nossa vida actual e principalmente nas futuras. Cel: e lhe pergunto, amigo Zakzor, será q fazer o bem porq isso terá "boa repercussão" na vida futura significa amor, significa melhora íntima? Ou nada mais é do q interesse próprio?
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