T�pico: Arte, a sublima��o do Esp�rito atrav�s dos s�culos (Lida 1609 vezes)

dOM JORGE · « **em:** 04 de Janeiro de 2012, 07:46 »

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

Arte, a sublima��o do Esp�rito atrav�s dos s�culos

No cap�tulo 7 (As penas futuras segundo o Espiritismo) �A carne � fraca�, do livro O C�u e o Inferno e em artigos na Revista Esp�rita de 1869 (�A carne � fraca, estudo fisiol�gico e moral�), Allan Kardec diz que: �Um homem n�o � m�sico porque tenha a bossa da m�sica, mas ele tem a bossa da m�sica porque o seu Esp�rito � m�sico�.

Assim, entendemos que os grandes escritores e poetas s�o Esp�ritos que, nas suas vidas anteriores, ocuparam o seu tempo com demonstra��es de elevados sentimentos.

Para exemplificar o que dizemos, citamos, entre os grandes poetas brasileiros, Ant�nio Frederico de Castro Alves, que, durante o tempo em que estudou no Gin�sio Baiano, al�m de cumprir o programa escolar, traduziu do franc�s, da Antologia de Charles Andr�, poesias de Victor Hugo, seu poeta predileto; traduziu tamb�m, do ingl�s, o poeta Lord Byron; lia Cam�es, �lvares de Azevedo, Junqueira Freire e Gon�alves Dias.

Numa aula de latim do padre Tertuliano Fi�za, ele pediu licen�a para traduzir, em versos, a Ode, de Hor�cio, dada como tema, aos alunos. A licen�a foi concedida e Castro Alves fez a tradu��o, que maravilhou a todos.

Ele tamb�m desenhava muito bem. Um de seus desenhos mais belos � o de uma jovem, ajoelhada aos p�s da cruz, olhos fitos no c�u, quadro a �leo que denominou Madalena aos p�s da cruz.

Neste ponto, � interessante dizer que, em muitos n�meros da Revista Esp�rita, Allan Kardec fala sobre o assunto, e em especial sobre a arte esp�rita. A Revista de dezembro de 1860 registra a comunica��o (escrita) espont�nea do Esp�rito Alfred Musset, na Sociedade Parisiense de Estudos Esp�ritas, em 23 de novembro. Disse o Esp�rito que a arte pag� � o verme; a arte crist� � o casulo; a arte esp�rita ser� a borboleta.

No livro O Espiritismo na Arte, L�on Denis fala sobre arquitetura, m�sica, literatura, orat�ria e pintura. No cap�tulo 17 do livro No Invis�vel, Denis fala de pessoas que desenhavam sob inspira��o medi�nica, apesar de n�o terem no��o de desenho. Esses desenhos foram expostos numa sala especial, durante o 1�. Congresso Esp�rita realizado em 1900, em Paris.

Para concluir o assunto, falemos da poesia medi�nica, um desafio para os materialistas que, por falta de argumentos, perguntam: se � verdade que os poetas desencarnados progridem na Espiritualidade, por que eles ficam presos ao estilo ultrapassado das poesias que compunham em vida? Respondemos: � que o objetivo deles n�o � satisfazer curiosidades, mas falar ao cora��o daqueles que cultuam a sua mem�ria, no mesmo estilo que tinham em vida.

Para darmos um exemplo, quem n�o atestaria ser de Casimiro de Abreu o poema medi�nico �Lira da Inf�ncia�, psicografado por Jorge Rizzini, composto nos mesmos moldes da famosa de Casimiro �Meus Oito Anos�?

Meus Oito Anos

Lira da Inf�ncia

Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha inf�ncia querida
Que os anos n�o trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
� sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Oh! Que saudades que sinto
Quando me v�m � lembran�a
Os bons tempos de crian�a
Em que na Terra passei!
A vida corria f�cil
No meio dos meus
brinquedos,
Naqueles doces folguedos,
Quando fui pequeno rei!

No final do poema medi�nico, Casimiro de Abreu deixa um desafio aos materialistas:

E com meus singelos versos

Inspirados na saudade,

Daqui, da Imortalidade,

Deixo um problema aos ateus:

Se novamente cantei

No estilo das �Primaveras�,

N�o est� minh�alma deveras,

Viva no Reino de Deus?!

Oh! Est�! E canta! E ama!

Toda minh�alma suspira!

E agora as cordas da lira

Tangem alto ao peito meu,

E numa intensa alegria,

Exclamo, quase num grito,

Com permiss�o do Infinito:

- Sou Casimiro de Abreu!

Altamirando Carneiro

PAZ, MUITA PAZ!

Arte, a sublima��o do Esp�rito atrav�s dos s�culos

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