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  • A polêmica em torno do ensino religioso

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Autor Tópico: A polêmica em torno do ensino religioso  (Lida 4950 vezes)

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Offline dOM JORGE

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A polêmica em torno do ensino religioso
« em: 29 de Setembro de 2012, 13:22 »
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                                                                  VIVA JESUS!




            Bom-dia! queridos irmãos.




                   
A polêmica em torno do
ensino religioso



Desde que foi publicada reportagem sobre o assunto, não param de chegar à redação desta revista manifestações pró e contra a decisão do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (CEERJ), relativamente ao ensino religioso nas escolas do Rio.

A posição do movimento espírita brasileiro contra o ensino religioso nas escolas públicas é clara e antiga. Quem leu o livro “Religião”, de Carlos Imbassahy, publicado pela editora da FEB, sabe bem disso.

Há, no entanto, argumentos relevantes contrários a esse entendimento. Na edição passada desta revista, duas cartas de leitores trouxeram a exame alguns argumentos que não têm sido, geralmente, considerados.

Que cabe à família, e não à escola, a formação religiosa dos filhos, tarefa essa que pode ser ou não complementada pelos centros espíritas, eis uma questão fora de discussão, porque ela é, com efeito, a expressão da verdade.

Na questão n. 110 do livro “O Consolador”, Emmanuel referiu-se ao assunto. Foi-lhe perguntado: – Qual a melhor escola de preparação das almas reencarnadas, na Terra?

Emmanuel respondeu: “A melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter. Os estabelecimentos de ensino, propriamente do mundo, podem instruir, mas só o instituto da família pode educar. É por essa razão que a universidade poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem. Na sua grandiosa tarefa de cristianização, essa é a profunda finalidade do Espiritismo evangélico, no sentido de iluminar a consciência da criatura, a fim de que o lar se refaça e novo ciclo de progresso espiritual se traduza, entre os homens, em lares cristãos, para a nova era da Humanidade.”

Como foi divulgado, na cidade do Rio de Janeiro a Secretaria Municipal de Educação contratou mediante concurso 45 professores católicos, 35 evangélicos e dez de religiões afro-brasileiras. Todos tiveram de apresentar recomendação das igrejas às quais estão ligados. Foram, porém, extintas as dez vagas que tinham sido reservadas para professores de Espiritismo, porque o Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (CEERJ) não aderiu à proposta, por discordar de que os estudantes recebam orientação de cunho confessional.

A posição do CEERJ já havia sido manifestada no ano 2002, quando o então governador Anthony Garotinho sancionou lei instituindo essa modalidade confessional nas escolas estaduais. Naquela oportunidade, o CEERJ tornou público seu pensamento de que “cabe indiscutivelmente à família a formação religiosa dos filhos, por não ser isso função da escola”.

Terá sido realmente correta a decisão tomada pelos confrades cariocas?

Extinguir as vagas destinadas aos espíritas não é o mesmo que abrir mão de um recurso importante de divulgação do Espiritismo?

Se um grande jornal ou uma emissora de rádio abre aos espíritas um espaço gratuito para divulgar a doutrina, é justo recusarmos essa oferta?

Se a educação é tarefa precípua do lar, não se dirá o mesmo da instrução, que é, como sabemos, tarefa inerente à escola. Se nossas crianças recebem ali informações sobre história, geografia, matemática e tantas outras disciplinas, por que sonegar a elas informações básicas sobre Espiritismo?

Recebendo essas informações, as crianças não serão educadas, mas serão instruídas e dotadas de recursos para bem poderem distinguir o Espiritismo das religiões afro-brasileiras, algo que mesmo no Brasil grande parte da população ignora.

Estas considerações não podem ser ignoradas em um debate honesto e amplo sobre o tema, visto que a Lei que originou tal polêmica é de âmbito nacional e envolve, portanto, a participação dos espíritas de todo o País, não apenas do Rio de Janeiro.


                 Editorial-O Consolador






                                                                                    PAZ, MUITA PAZ!


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Offline ismontec

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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #1 em: 14 de Outubro de 2012, 15:11 »
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Caro dOM JORGE

Quando a ceerj discordou do cunho confessional não aceitou o modo da igreja de educar religiosamente seus alunos, e interferiu no modo de educar das religiões selecionadas no projeto. O que se entende por cunho “confessional”? Eu vejo isto, a educação do ser através do uso do confessionário, onde ele é “instruído” a uma pena qualquer para ajudar a dirimir suas faltas. A religião afro-brasileira usa o cunho “confessional” através das consultas, e usa na construção de um diagnostico que defini a situação psico-energética de seus consulentes e aplica o tratamento necessário às dores de quem o procuram, sem exigências de credo, cor, raça ou situação financeira. Quando o ceerj discordou do cunho “confessional” discordou de tudo isto.
Vale lembrar que o espiritismo também usa o cunho “confessional” através do atendimento fraterno, onde o assistido conta os seus problemas que são analisadas pelo atendente, que é “instruído” a um procedimento que possivelmente, de alguma forma, resolverá suas dificuldades. Lógico que tudo isto dependerá da educação recebida no lar, de acreditar ou não nestes procedimentos. Ex.: quem for evangélico, católico, espírita etc. será “instruído” por seus educadores familiares, ou responsáveis, a acreditar ou não no que está sendo mostrado.
Há uma diferença entre educar e instruir. Quando se educa, usa-se da liberdade de pensamento onde se constrói a personalidade intelectual, respeitando-se o livre arbítrio direcionado ao universal, quando se “instrui” se direciona a um foco especifico, ou seja, o instruído tem que seguir, especificamente, o que está sendo apresentado, tendo que abrir mão de todas as convicções anteriores obedecendo às atuais.
Ex.:
O católico - segue o catolicismo
O evangélico – segue o compatível com o movimento a que pertence.
O espírita – segue o movimento do espiritismo codificado por Alan Kardec, e seus seguidores, estudiosos do assunto, tem como base a filosofia e a ciência, desde que, siga religiosamente a ótica Kardequiana, por isto se tenta mostrar sempre, com certa insistência, a diferença entre o espiritismo e outros seguimentos cientifico, filosófico e religioso.
É preciso cautela para se “instruir” as crianças e dota-las de recursos para distinguir a diferença entre Espiritismo e as religiões Afro-Brasileira, isso pode ser entendido como preconceito, e o “tiro saí pela culatra”, e transformar a aceitação em rejeição, as religiões africanas está enraizada nas mentes do povo a mais de 400 anos, faz parte da cultura do nosso povo, está inserida nas igrejas católica e tem que ser respeitado, por isso não cabe ao espiritismo mostrar diferenças, com o intuito de forçar uma escolha, devemos mostrar o que é  o espiritismo e acrescentar isto as convicções já existentes, devemos somar, a escolha ou não pelo espiritismo, virá naturalmente, e não por “INSTRUÇÃO”.
 Só assim o espiritismo fará parte naturalmente da formação moral e intelectual do nosso povo.
Muita compreensão e força nesta luta.
Carlos Cardoso
 


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Offline Dani :)

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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #2 em: 14 de Outubro de 2012, 22:21 »
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Bom, este assunto em si é meio polêmico, caros amigos.

Mas saindo um pouco do "assunto CEERJ" e entrando no "assunto caso concreto", posso falar sobre o caso de minha filha, que estuda em colégio católico. É um colégio de caráter confessional, como eles próprios se intitulam, da ordem das irmãs carmelitas.
Apesar do título conferido por eles mesmos, as crianças não recebem lições da doutrina católica, nem são coagidas a crer nos dogmas da Igreja Católica.
Até livro religioso a escola adota, mas as lições são ligadas a valores universais, tais como crer em Deus, amar aos semelhantes, vida em comunidade, respeito ao meio ambiente e aos animais, sustentabilidade para salvar o planeta, noções de respeito, amor, solidariedade, etc. Seria difícil elencar minuciosamente o conteúdo das aulas, mas há no colégio várias crianças de família evangélica, espírita, candomblecistas, umbandistas, agnósticas...
Logicamente há algumas eventos de caráter católico propriamente, mas nenhuma criança é obrigada a participar, nem perde ponto ou conceito caso não participe.
Além disso, não se toca no assunto religião, não há comparações entre elas, não há aulas de catecismo, etc. Só mesmo as orações que são ensinadas as crianças.
Eu me sinto satisfeita em saber que minha filha estuda em um colégio que preza os valores cristãos sem no entanto tentar bitolá-la ou convertê-la.

Eu mesma já estudei em colégio espírita no ensino fundamental (primário) e nós não éramos constrangidos a crer na Doutrina Espírita. Já no ginásio, estudei em colégio evangélico (batista) e apesar de não haver nenhum tipo de exclusão com relação aos alunos que não fossem evangélicos, nos obrigavam a participar do culto uma vez por semana e tínhamos que ter bíblia para usar durante o mesmo. Neste último caso já considero abuso, pois obrigar o aluno a frequentar culto religioso extrapola os direitos e atribuições da instituição de ensino, afronta o direito da família de educar suas crianças na religião que melhor lhe convier e nega à própria criança o direito de escolha.


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É melhor ser alegre q ser triste. A alegria é a melhor coisa q existe. É assim como luz no coração.

Edmar Ferreira Jr

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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #3 em: 14 de Outubro de 2012, 23:02 »
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A luta por um ensino laico e distante de questões religiosas é antiga e ganhou força conceitual durante o iluminismo. Os que defendem essa modalidade de ensino têm no amparo de sua defesa o ideal de um ambiente acadêmico neutro, no qual a ciência e a filosofia possam se desenvolver de forma livre das restrições dogmáticas da religião, e o ensino religioso seria, portanto, sempre um embaraço incompatível com o esse propósito. Realmente não sei se os espíritas do Rio de Janeiro (e do Brasil) partilham desse princípio porque chegaram a ele de forma ponderada e demoradamente refletida, ou se estão, por “prudência”, apenas seguindo as orientações de alguns Espíritos respeitados no meio espírita a esse respeito – vale dizer aqui que além de Emmanuel, André Luiz é outro Espírito que se posiciona contra o ensino religioso nas escolas (ver Conduta Espírita).

Primeiramente porque para se garantir um ambiente acadêmico neutro e livre seria necessário que a ciência e a filosofia que ali se estudam fossem também neutras e livres. Mas não o são em absoluto. Embora não se possa dizê-lo totalmente acerca da filosofia (a metafísica não permitiria), a ciência infelizmente não escapa. A ciência é por definição materialista. Não é nem neutra nem livre em hipótese alguma. Lembremos que ela só admite aquilo que pode provar dentro de condições bem específicas. Portanto, se ao retirar o ensino religioso de nossas escolas, livramos nossas crianças de uma doutrinação religiosa, por outro, as entregamos a um terreno fértil para a doutrinação contrária, que ocorrerá livre de qualquer tentativa de refutação.

Em segundo, porque poderíamos encontrar na possibilidade de inserção do espiritismo na academia uma oportunidade valiosa para reinseri-lo nos princípios de sua origem. No início, o espiritismo era antes de qualquer coisa uma doutrina filosófica e uma ciência de observação. Ele foi construído exatamente do mesmo modo como trabalham as ciências: caracterização de problemas; delineamento de hipóteses; experimentação e observação analítica dessas hipóteses; construção de teses e teorias a partir dos dados obtidos. Não deveria, portanto, encontrar dificuldades para se manter no campo acadêmico.

Mas, há ainda um problema mais sério: já ouvi dizer sobre pesquisas que comprovam que grande parte dos universitários que tiveram formação espírita acabam abandonando sua “fé raciocinada” ao entrar em contato com as hipóteses e teorias materialistas, como o marxismo e o próprio materialismo histórico, por exemplo. Isso acontece porque sua fé não é raciocinada como nós espíritas gostamos de pensar. Essas crianças não aprenderam a lidar com os argumentos contrários à sua fé nos lugares em que foram educadas antes de chegar à academia. Dos meus quatro filhos, um (15 anos) já se declara ateu. Ao questioná-lo, o ouvi dizer que a Doutrina Espírita que ele “aprende” na mocidade espírita é uma “viagem na maionese”, cheia de “coisas fantasiosas”, e que ele não vê “razão” para acreditar naquilo. Mas, na escola, ele já foi apresentado pelo professor de sociologia a um certo autor que disse que “a religião é o ópio do povo” e que foi criada porque o ser humano não é capaz de encarar a realidade da vida como ela é...

Abraços a todos,

« Última modificação: 15 de Outubro de 2012, 00:16 by joao ninguem »
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Edmar Ferreira Jr

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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #4 em: 15 de Outubro de 2012, 00:09 »
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Citar
“Um dia, porém, ele se entristecera profundamente. Achava-se abandonando quase, no vazio da sala de aulas. Pusera-se a chorar, no silêncio de ardorosa prece.

Sentiu insinuante vontade de escrever, enquanto todo o ser se lhe banhava em magnetismo suave, muito suave, de fluidez radiosa desconhecida.

Um nome de elevado destaque das esferas superiores impusera-se lhe aos canais intuitivos. Ele reage. Não pode ser, não merece receber o beneplácito direto da Entidade anunciada.

Deixa o papel, julgando-se vítima de um embuste.

Eis que uma força superior toma-lhe o braço e, mecanicamente, transmite pequena mensagem, mais ou menos nestes termos:

“ - Não feche as portas da escola. Apague da tabuleta a denominação Liceu Sacramentano – que é um resquício do orgulho humano. Em substituição coloque o nome  Colégio Allan Kardec. Ensine o Evangelho de meu filho às quartas-feiras e institua um curso de Astronomia. Acobertarei o Colégio Allan Kardec sob o manto do meu Amor.”

A linguagem sublime da Santíssima derrama-se em todo o conteúdo da mensagem, onde  apõe Ela o selo de Sua identidade, através do Seu Amor.

No final, firma o documento precioso:  - Maria, Serva do  Senhor.

Eurípedes seguiu à risca as instruções espirituais de Maria Santíssima.”

(NOVELINO, Corina. Eurípedes: O Homem e a Missão. Araras: IDE Editora, 2007. 18ª edição. Página 110. GRIFEI)

O trecho acima foi retirado de um fascinante livro sobre a vida e a missão do educador espírita Eurípedes Barsanulfo, que criou e dirigiu no início do século passado na cidade mineira de Sacramento, o Colégio Allan Kardec, considerado por vários educadores ligados ao movimento espírita (e fora dele) como uma das mais ricas e produtivas experiências em educação já realizadas no Brasil e afora. Gostaria de saber se os espíritas que combatem o espiritismo nas escolas conhecem a estória de Eurípedes Barsanulfo.

Abraços a todos,

« Última modificação: 15 de Outubro de 2012, 00:12 by joao ninguem »
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Offline ismontec

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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #5 em: 15 de Outubro de 2012, 12:58 »
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Bom dia.
Irmaos
os exemplos citados por Dane e Joao Ninguem, mostra a razão do meu texto a respeito do ensino  da doutrina espirita, e como devemos ter cuidado nas doutrinações e aulas ministradas em cursos, só somando conseguiremos passar o conhecimento vasto e inquestionavel do espiritismo com segurança a quem tem vontade de conhecer a nossa doutrina.
abraços.
Carlos Cardoso 

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Offline Vitor Santos

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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #6 em: 15 de Outubro de 2012, 13:45 »
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Olá

Na verdade o que acontece é que as instituições religiosas consideradas de maior representatividade popular têm privilégios diferentes, em relação ao Estado. Em Portugal a Igreja Católica Romana é tratada de forma desigual, em relação às outras. E isso não é da democracia, pois em ditadura já era assim.

Eu acho que as escolas devem ministrar as disciplinas que tenham a haver com a ciência e com a organização da sociedade (noções básicas de direito, sinais e normas de trânsito de veículos e de peões, etc.).

A componente de cultura geral pode conter o ensino religioso, mas isso deve ser custeado pelos pais que o desejem e/ou pelas organizações religiosas, e não com o dinheiro dos contribuintes. A não se que se trate de uma disciplina tipo história das religiões, que as abranja a todas. Esta última possibilidade pode ser um forte e útil contributo para a cultura geral, pois sem entender o contexto religioso, não se pode conhecer o homem. Ainda que uma pessoa seja ateia, o que não é o meu caso, não pode ignorar a dimensão religiosa ou espiritual do homem, sob pena de não conseguir compreender os seus semelhantes.

Eu não concordo com a ideia que a religião dos pais tenha de ser a religião dos filhos. Para mim, a educação ideal é a que leva a informação ás crianças e jovens, para apoiar a decisão sobre as opções religiosas e não para impor. Até porque isso não resulta. Muitos adultos tiveram catequese católica e hoje são ateus, ou são de outras religiões. Provavelmente isso também acontece com os filhos dos espíritas que recebem formação nos centros espíritas

Para que a religião seja representada no Estado, deveria existir um inquérito oficial sobre as opções religiosas das pessoas, em simultâneo com as eleições.

Os partidos políticos religiosos, não no sentido ideológico, mas no sentido de serem organizações formadas por religiosos profissionais, não me agradam nada. Tendem a ser fundamentalistas. E a tolerância dever ser um valor fundamental do Estado e da democracia.

bem hajam

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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #7 em: 15 de Outubro de 2012, 16:29 »
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Concordo mano Vitor, também é assim cá na terra Brasilis...
Sim, o Estado é laico, mas sofre grande influência dos signatários das igrejas instituídas.
Aliás, por ver da mesma forma que o amigo é que sou contrário ao ensino religioso nas escolas de base, que é onde o querem instituir já de algum tempo no Brasil.
Sabemos que as escolas públicas não estão apetrechadas fisicamente para terem tal estudo, e que pela diversidade de crenças, não se teria locais onde ficassem os alunos que não pertencessem ao credo a ser estudado naquela aula.
Sabemos também que algumas crenças sempre serão relegadas e exatamente pela força das religiões instituídas e isso já nos dá elementos para afirmarmos sobre fundamentalismo das outras posto que são estas que forçam para que o Espiritismo por exemplo, não seja tido como algo a ser admitido em aulas.
Abraços,
Moura

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Offline Gustavo Rettenmaier

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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #8 em: 15 de Outubro de 2012, 18:26 »
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Interessante seu post Moura.
Acho que em se tratando de "ensino religioso", o que as escolas poderiam, e acho ate que deveriam, era ensinar o respeito a todas as crenças, talvez ate mostrando as bases de cada uma, dentro de uma perspectiva de conteudo moral.

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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #9 em: 15 de Outubro de 2012, 19:05 »
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Olá Gustavo

Citar
Interessante seu post Moura.
Acho que em se tratando de "ensino religioso", o que as escolas poderiam, e acho ate que deveriam, era ensinar o respeito a todas as crenças, talvez ate mostrando as bases de cada uma, dentro de uma perspectiva de conteudo moral.

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/a-polemica-em-torno-do-ensino-religioso/?action=post;num_replies=8#ixzz29ONJsyto

completamente de acordo. Consigo e com o amigo Moura Rego.

bem hajam

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Offline Mourarego

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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #10 em: 15 de Outubro de 2012, 21:01 »
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Mas mano Gustavo, mesmo as escolas têm de seguir a Constituição, e nela é vedado este tipo de ensino mesmo que o item V professe a liberdade religiosa, que é tema bem diferente do ensino religioso.
veja que o tema, que tem por autora a Igreja Católica, mesmo com to=da a influência desta não obtecve desde seu início o ganho de causa.
Há uns anos, talvez uns seis anos, os evangélicos tentam por seu lado, jogarem seus tentáculos  por cima da Carta Magna, e ainda bem que não conseguiram.
Falta, repito, ao conjunto das escola de base mantidas pelos governos, uma adequação, que dê aos alunos de outros credos, locais (salas), onde possam continuar a receberem ensinos dentro de suas crenças, ou outros mesmos para se ocuparem nos períodos deixados às aulas das diversas crenças.
Falta também, ao corpo de professores, a formação nessas crenças pois não é apenas porque um tem uma figurativa posição de conhecedor de cátedra, que os fará professores de religião desta ou daquela crença;
Falta também deixarem o espaço  destinado aos umbandistas, aos candomblecistas, aos mórmons, aos budistas, espíritas e demais crenças que as sabemos numerosas.
Um país para se dizer Justo, há de conceder o mesmo espaço ao flamenguista e ao Vascaíno, mesmo que seu presidente seja Americano.
Abraços,
Moura

Citação de: Gustavo Rettenmaier em 15 de Outubro de 2012, 18:26
Interessante seu post Moura.
Acho que em se tratando de "ensino religioso", o que as escolas poderiam, e acho ate que deveriam, era ensinar o respeito a todas as crenças, talvez ate mostrando as bases de cada uma, dentro de uma perspectiva de conteudo moral.


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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #11 em: 15 de Outubro de 2012, 21:11 »
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Moura meu caro, o que citei foi que, no meu entendimento, as escolas poderiam auxiliar a dismistificar e segmentar a sociedade atraves dos credos.
Da forma como entendemos ensino religioso hoje, é aquele que nós tivemos, ou pelo menos eu tive, com um seminarista católico ministrando as aulas.
O que acho que poderia ser feito, concordo com você que seria muito dificil, é uma disciplina onde todas as religiões fossem mostradas as crianças, sem preconceitos de qualquer espécie.
Onde o professor, ou professores tratassem dos temas religiosos, sem proselitismo, nem preconceitos.

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Offline Mourarego

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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #12 em: 16 de Outubro de 2012, 17:01 »
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Mas mano, esta não é função das escolas, elas têm de instruir seus alunos, nas letras.
As igrejas, as sociedades religiosas, as diversas crenças é que têm este condão.
Note que falei num aspecto jurídico já que existe a lei que ainda não foi derrubada e o que se quer é que este tipo d ensino entre para o curriculum, das escolas públicas de base, pois que nas particulares não há tal restrição, e nem mesmo nesta se vê algo que se possa anotar de melhoria tanto no campo intelectual, quando no moral, neste aspecto  em especial.
Abraços,
Moura

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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #13 em: 16 de Outubro de 2012, 18:37 »
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Nesse ponto Moura, concordamos, não vai fazer muita diferença do ponto de vista moral, nem mesmo intelectual.
Da mesma forma, sou contrário ao ensino religioso tal qual tivemos em nossa época, mas conhecer as religiões, e a diferença entre elas, ainda acho que pode ser util.

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Re: A polêmica em torno do ensino religioso
« Responder #14 em: 16 de Outubro de 2012, 21:08 »
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Amados, e por falar nisso, estava observando no julgamento do mensalão a escola da aplicabilidade da lei geral da União, o STF, tem um cruxifixo bem atrás do seu presidente...
então em *** Tradução livre: Para refletirmos mais posto que não é só na escola que se forma conceitos e diretrizes ...
1.   "Em princípio, a ideia de tolerância e atitude social fundamentado filosoficamente, tem uma origem religiosa que vem desde os primeiros anos da Reforma, para o século XVI, quando a autoridade política enfrenta o fato de que os sujeitos não aceitando a religião oficial, como o eram para os tempos de unidade religiosa que dominava a harmonia doutrinária entre "Império" e "sacerdócio" Quantas vezes aconteceram em impor o princípio de regionais falecidos, leis religiosas, determinanantes como de direito reformandi-príncipes-ius na Paz de Augsburg (1555) e de Westphalia (1648).
Com a declaração, ao mesmo tempo, a liberdade de consciência, pelos teóricos reformados, e a influência crescente das ideias humanistas que favoreçeram a autonomia das questões humanas passaram a ser  consideradas, começamos a praticar a separação da Igreja e do estado e, em breve,cresceram  justificativas teóricas para isso.
Apareceram vários argumentos a favor da separação e as liberdades de consciência são insistem que a fé é para ser praticada de forma voluntária, que a verdade não vai ser imposta pela força, mas por si só, que a acusação não concorda com a caridade cristã, etc, não foi a insistência das religiões menores, certas "seitas", comunidades religiosas  das religiões dominantes, que espalham uma forma mais organizada a ideia de que a Igreja é e deve ser um membro da associação voluntária. (...)
A defesa filosófica da tolerância, da a segunda metade do. s XVII tem seus argumentos, a favor da liberdade de consciência natureza, do homem racional e princípios da lei natural, e insiste em que a liberdade de crenças e costumes é parte da lei natural e uma clara distinção entre lei civil e lei divina. "(Cf. Morató & Riu, 1996). ***

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