T�pico: A vis�o de cima (Lida 2274 vezes)

dOM JORGE · « **em:** 14 de Outubro de 2014, 08:59 »

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

A vis�o de cima

Penso que compreendi outro dia a raz�o pela qual aprecio volta e meia entrar no Google Street, aquela ferramenta que te permite ficar passeando bem dentro de ruas e lugares j� mapeados por sat�lite, em qualquer lugar do mundo. Fa�o para visitar locais outrora muito frequentados, e nos quais passei minha inf�ncia, adolesc�ncia, e parte da juventude. O saudosismo, a nostalgia gostosa que nos compele a reviver momentos doces a partir da vis�o desses lugares, que h� apenas alguns anos atr�s s� revisitar�amos se nos dispus�ssemos a ir at� l�, e andar mesmo, e ao vivo, nas ruas, nos bairros que nos s�o familiares.

No entanto, este dispositivo possui a caracter�stica do congelamento: ao acessar os locais, notamos que o mapeamento capturou um momento espec�fico de vida dali. Como num filme assistido na TV, no qual de repente apertamos o bot�o de pausa, congelando movimentos e pessoas, visitamos tudo paralisado, silencioso e sem vida... Mesmo assim, a iniciativa evoca sensa��es e emo��es v�vidas no esp�rito. E estas reflex�es, por sua vez, levaram-me � recorda��o de uma cena assistida em filme de fic��o de d�cadas atr�s, no qual o personagem lan�a m�o de um tipo de tecnologia mais avan�ada com resultados semelhantes mais aperfei�oados � e, diga-se, prov�veis de se verem j� em uso atualmente, dado o controle e mapeamento absoluto e cada vez mais exato de cada detalhe do planeta por sat�lite!

Na cena, portanto, o homem tecla em seu computador que, em segundos, produz uma varredura em busca de determinada pessoa e endere�o espec�ficos. E as imagens, como por m�gica, surgem diante de seus olhos � da mulher em quest�o, num dia ensolarado, cuidando dos jardins na frente de sua casa, totalmente distra�da da possibilidade sequer de se ver daquele modo monitorada de muito longe! S� que, neste caso, as imagens acontecem em tempo real, com pleno movimento e intera��o do espectador por detr�s da tela com o que acontece com o alvo inocente do seu saudosismo, andando de um lado para outro de seu jardim!

Trata-se, pois, em bem comparando, da chamada "vis�o de cima", que, em n�veis ainda mais aperfei�oados, � muito utilizada e citada pela Espiritualidade que nos assiste das dimens�es invis�veis, sem a necessidade de sat�lites � de vez que visualizam tudo e se deslocam mediante uso da vontade, e de um para outro lugar de maneira instant�nea, afora o fato de que disp�e, em dimens�es de padr�es de vida superiores, de tecnologia muito mais refinada para uso em situa��es semelhantes, de assist�ncia a reencarnados, dentre outras necessidades.

Nesses dias recebi instru��o particularizada a respeito, do meu mentor desencarnado. Ele queria me fazer compreender os mecanismos desta vis�o de cima, que lhe permite atuar sempre no sentido da realiza��o positiva de tudo, contemplando, da �tica mais desimpedida de obst�culos de que disp�e, todas as vari�veis de situa��es que s� nos surgem de um �nico �ngulo, ou, quando muito, de escassas perspectivas, porque nos achamos emparedados pela materialidade, leis gravitacionais, entre outros empecilhos.

De onde atuam e visualizam com simultaneidade as coisas � tal como aquele personagem de filme o conseguiria, resgatando v�rios momentos simult�neos que lhe interessassem em mais de um local do mundo! �, nossos amigos, em situa��o de abrang�ncia privilegiada dos fatos, conhecem, portanto, m�ltiplas facetas que nos escapam, de um sem-n�mero de situa��es mais ou menos importantes que nos interessam, ou nos absorvem horas e preocupa��es ao longo dos dias de nossa perman�ncia neste mundo. E possuem, a partir disso, recursos para agir em nosso aux�lio, em obedi�ncia a uma compreens�o mais acertada dos fatos que s�o de nosso pr�prio interesse!

Ent�o, enquanto muitas vezes nos demoramos imersos em determinado julgamento negativo de qualquer acontecimento, no sentido do des�nimo improdutivo, ou da alegria precipitada, eles, do alto das refer�ncias mais exatas de que disp�em, e que n�o temos como acessar daqui, nos inspiram ideias retificadas, de modo a que reajustemos nosso estado de esp�rito e nossos passos.

Se nos vemos deprimidos, dando qualquer coisa por irremediavelmente sem solu��o, eles se chegam a n�s, cheios de ternura; e praticamente nos arrastam, com seu apoio amoroso, a arranjar for�as para seguir para aqui ou ali � abstrair durante um tempo, agir positivamente, noutro tanto; persistir nos objetivos, a despeito das apar�ncias enganosas dos epis�dios, porque, dispondo dos recursos � moda dos computadores de varredura global dos filmes de fic��o, sabem, com simultaneidade, da atua��o dos participantes envolvidos; das circunst�ncias favor�veis que est�o se desenhando e ainda est�o por vir; da disposi��o e das iniciativas de aux�lio de pessoas-chave, e de tantos outros fatores, dos quais n�o desconfiamos das influ�ncias a nosso favor, no sentido de validar as nossas realiza��es, se insistirmos apenas mais um pouco. Tentam nos ajudar a vencer as limita��es de percep��o unilateral da qual dispomos, da sequ�ncia apenas linear dos pequenos lances de nosso dia a dia.

Lembro-me de um epis�dio pessoal do qual nunca me esqueci, havido muitos anos atr�s, de molde a confirmar esta verdade, e de cujo significado s� fui alcan�ar entendimento muito, muito tempo depois. De quando, entusiasmada com meu primeiro emprego, e ao ter confirmado meu acesso a ele, jovem demais, impulsiva como muitos adolescentes, sapateei e dancei de alegria pela casa inteira, fazendo alvoro�o barulhento como se tivesse ganhado na loteria.

S� que, de repente, do nada, sem explica��o, bem no meio daquele frenesi de exalta��o, esmoreci. Baqueei, inerte, no sof� da sala, e mergulhei em estado de esp�rito asserenado e profundamente meditativo � como se em inesperado alerta; um efeito semelhante ao que produziria o ac�mulo s�bito de nuvens carregadas de chuva escurecendo um dia ensolarado.

S� bem mais tarde � anos depois, pois em verdade permaneci bastante tempo trabalhando naquele lugar � veio-me, espontaneamente, a compreens�o de que aquilo fora justo o aviso da "vis�o de cima" do meu pr�prio Esp�rito, talvez alertado tamb�m por amigos da invisibilidade para que me mantivesse de sobreaviso para com as provas a serem enfrentadas em breve, quando de fato se principiaria a jornada mais s�ria do Esp�rito reencarnado neste mundo de aprendizado, nos inevit�veis entrechoques humanos.

Porque aquilo que naquele dia, ainda despojado de preocupa��es maiores e de desencantos na vida da garota imatura, representou estopim de t�o desarrazoada alegria, em verdade inauguraria um per�odo de dif�cil aprendizado, durante a sucess�o muitas vezes r�spida de experi�ncias adquiridas duramente naquele est�gio de trabalho profissional, que funcionaria � conta do cadinho, necess�rio tanto � depura��o do meu amadurecimento, quanto para a decanta��o das qualidades pessoais maiores, que me reverteriam como resultado ben�fico posterior, a despeito do grande repert�rio de dificuldades e sofrimentos enfrentados naqueles anos.

� N�s s� agimos no sentido da positividade, das possibilidades da realiza��o das coisas boas, minha querida; n�o da negatividade e da preval�ncia de empecilhos e obst�culos, porque sabemos que esses pesam mais apenas a�, nesta dimens�o cheia de restri��es onde voc� permanece por enquanto, j� que se imp�em sem piedade e exigem que extraiamos de n�s mesmos o melhor que possamos oferecer. E � por isso que a inspiramos sempre a prosseguir, sem dar aten��o demais a esses empecilhos; porque os sabemos moment�neos e provis�rios � enquanto, a nosso favor, do manancial de modifica��es e in�meras alternativas insuspeitadas pela sua percep��o restrita, tamb�m sabemos da exist�ncia, e do modo e do momento exatos em que podemos a eles recorrer, para as nossas melhores realiza��es. Confie, portanto, e sempre, na utiliza��o oportuna da nossa, e da sua, vis�o de cima... � Caio F�bio Quinto, Mentor desencarnado da autora.

Christina Nunes

PAZ, MUITA PAZ!

A vis�o de cima

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