T�pico: Por que existe algo em vez de nada? (Lida 1306 vezes)

dOM JORGE · « **em:** 21 de Novembro de 2011, 08:02 »

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

Por que existe algo em
vez de nada?

- Pretendem os que professam a doutrina do pante�smo achar nela a demonstra��o de alguns dos atributos de Deus: Sendo infinitos os mundos, Deus �, por isso mesmo, infinito; n�o havendo o vazio, ou o nada em parte alguma, Deus est� por toda parte; estando Deus em toda parte, pois que tudo � parte integrante de Deus, Ele d� a todos os fen�menos da Natureza uma raz�o de ser inteligente. Que se pode opor a este racioc�nio?

�A raz�o. Refleti maduramente e n�o vos ser� dif�cil reconhecer-lhe o absurdo.�(Quest�o 16 de O Livro dos Esp�ritos.)

Gottfried Wilhelm Von Leibniz fez o questionamento de nosso t�tulo no s�culo XVII, tentando compreender a cria��o e concluiu que Deus atrav�s de sua raz�o e vontade se afigura o universo atrav�s da harmonia pr�-estabelecida.

V�rios outros fil�sofos tentaram compreender o princ�pio da Cria��o, bem como de que modo esses processos ocorreram. Contudo com o avan�o das teorias materialistas a partir do s�culo XVIII os pensadores foram substitu�dos por outros que se caracterizaram pela an�lise fria, contudo imparcial.

Muitos luminares da Ci�ncia creem em uma �consci�ncia c�smica�, uma forma muito bem elaborada de pante�smo. Vamos al�m. Alguns cientistas assombrados com suas descobertas e buscando uma causa inteligente para os fen�menos observados chegaram � conclus�o da exist�ncia de um Ser que direciona a a��o do Universo, da Cria��o, da Natureza.

Conforme Isaac Newton, o universo � como um gigantesco rel�gio, disparado por Deus no princ�pio dos tempos, que desde ent�o passou a funcionar de acordo com suas leis.

O bioqu�mico Clifford Pickover afirma: "Quando vejo crust�ceos com uma apar�ncia louca, os tent�culos de uma �gua-viva, vermes hermafroditas, e micetozo�rios, eu sei que Deus tem um senso de humor, e vamos ver isso refletido nas outras formas no universo�.

Andrei Linde, da Universidade Stanford, um dos cocriadores da ideia do universo inflacion�rio, diz que, se for poss�vel criar novos universos, ent�o "talvez seja a hora de redefinir a Deus como algo mais sofisticado do que apenas o criador do universo�.

Todas as coisas s� existem porque Deus assim deseja, por�m o que existe no universo, na natureza, n�s inclusive, n�o se confunde com o pr�prio Criador.

Finalizando, em A G�nese, encontramos a conclus�o �mpar do pensamento cient�fico-filos�fico sobre a Divindade:

�Existindo, por sua natureza, desde toda a eternidade, Deus criou desde toda a eternidade e n�o poderia ser de outro modo, visto que, por mais long�nqua que seja a �poca a que recuemos, pela imagina��o, os supostos limites da cria��o, haver� sempre, al�m desse limite, uma eternidade - ponderai bem esta ideia -, uma eternidade durante a qual as divinas hip�stases, as voli��es infinitas teriam permanecido sepultadas em muda letargia inativa e infecunda, uma eternidade de morte aparente para o Pai eterno que d� vida aos seres; de mutismo indiferente para o Verbo que os governa; de esterilidade fria e ego�sta para o Esp�rito de amor e vivifica��o.� (1)

�O come�o absoluto das coisas remonta, pois, a Deus. As sucessivas apari��es delas no dom�nio da exist�ncia constituem a ordem da cria��o perp�tua.� (2)

Notas:

(1) A G�nese, cap. VI, item 14 � Allan Kardec.

(2) A G�nese, cap. VI, item 15 � Allan Kardec.

Marcelo Damasceno do Vale

PAZ, MUITA PAZ!

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