T�pico: A evolu��o do Esp�rito no reino mineral (Lida 1928 vezes)

dOM JORGE · « **em:** 21 de Novembro de 2011, 07:54 »

VIVA JESUS!

Bom-dia! queridos irm�os.

A evolu��o do Esp�rito no
reino mineral

No Evangelho consta a orienta��o segura de Jesus no sentido de que Deus trabalha incessantemente. Uma das a��es constantes da Divindade, certamente, � a cria��o cont�nua de princ�pios espirituais (o Esp�rito nas suas express�es iniciais, somente com a aquisi��o da raz�o, no reino hominal, � que passa a ser denominado Esp�rito, que, conceitualmente, � o nome que se d� aos seres inteligentes da cria��o), uma vez que, conforme as recentes descobertas cient�ficas, o Universo est� em expans�o.

A f�sica qu�ntica revela-nos que o esp�rito, na sua ess�ncia, � energia pura, portanto, � medida que somos criados por Deus, inicia-se a nossa trajet�ria evolutiva no rumo da plenitude.

Sabe-se que o princ�pio espiritual � criado simples e ignorante, sem complexidade, de forma que estagiar� milh�es de anos nos reinos inferiores da cria��o (mineral, vegetal e animal), onde desenvolver� fun��es mais complexas e conquistar� a individualidade, habilitando-se para o despertar da intelig�ncia e do senso moral.

Em nosso n�vel de evolu��o, ainda � para n�s uma inc�gnita a forma como Deus cria o princ�pio espiritual, e como o reino mineral aproxima-nos desse per�odo inicial da cria��o. Naturalmente notamos que os Esp�ritos superiores s�o muito econ�micos quando tratam desse assunto, porque nos faltam palavras e conhecimento para uma compreens�o mais abrangente. Certamente, com o avan�o da ci�ncia, que se d� em um ritmo acelerado, futuramente teremos mais orienta��es sobre a evolu��o do princ�pio espiritual no reino mineral.

A benfeitora Joanna de �ngelis, na obra �Ilumina��o Interior�, na primeira li��o (A Divina Presen�a), assevera que: �... Manifestando-se em sono profundo nos minerais atrav�s dos milh�es de mil�nios, germina, mediante processo de modifica��o estrutural, transferindo-se para o reino vegetal...�.

Nesse mesmo sentido, Emmanuel, na obra �O Consolador�, diz que: �A escala do progresso � sublime e infinita. No quadro ex�guo dos vossos conhecimentos, busquemos uma figura que nos convoque ao sentimento de solidariedade e de amor que deve imperar em todos os departamentos da natureza vis�vel e invis�vel. O mineral � atra��o. O vegetal � sensa��o. O animal � instinto. O homem � raz�o. O anjo � divindade�. (Obra citada, quest�o n� 79.)

Registre-se que tais Esp�ritos, conforme mencionaram Divaldo Franco e Chico Xavier, fizeram parte da equipe de benfeitores espirituais que atuaram na codifica��o do Espiritismo e revelam seus compromissos superiores nos livros que ditaram aos aludidos m�diuns, portanto, como � que n�s, os esp�ritas, colocamos em d�vida ou simplesmente supomos que Joanna de �ngelis e Emmanuel est�o nos enganando (desculpem-me a franqueza, mas � um desabafo deste subscritor, que estuda o Espiritismo h� quase 30 anos).

Ali�s, n�o nos esque�amos de que Joanna de �ngelis foi Joana de Cusa, portanto, imaginemos o n�vel de compromisso que esse Esp�rito tem com o Cristo. (Vale a pena ler a hist�ria de Joana de Cusa na obra �Boa Nova�, de Francisco C�ndido Xavier.)

Ademais, o mais importante � que as mensagens de Joanna e Emmanuel est�o em perfeita sintonia com a codifica��o esp�rita, portanto, com Allan Kardec, mesmo quando afirmam que a evolu��o do princ�pio espiritual inicia-se no reino mineral.

� sabido que o mineral � um corpo natural s�lido e cristalino formado pelo resultado de processos f�sico-qu�micos em ambientes geol�gicos e possuem como caracter�sticas a cor, o brilho, a tenacidade, a dureza, a clivagem, o tra�o, a densidade e a tenacidade.

O mineral est� submetido �s for�as de atra��o e repuls�o, que ter�o um efeito evolutivo sobre o princ�pio espiritual rec�m-criado, notadamente na sua estrutura energ�tica inicial, conforme orienta��o de Joanna de �ngelis.

Assim sendo, percebemos a exatid�o da informa��o dos benfeitores espirituais quando, na quest�o n� 540 de �O Livro dos Esp�ritos�, dizem que �... � assim que tudo serve, tudo se encadeia na Natureza, desde o �tomo primitivo at� o arcanjo, pois ele sempre come�a pelo �tomo�.

Enfatize-se que o benfeitor espiritual Camilo, na obra �Nos Passos da Vida Terrestre�, no cap�tulo I, atrav�s da mediunidade do confrade Jos� Raul Teixeira, al�m de ratificar a informa��o de que o princ�pio espiritual desenvolve-se em contato com as for�as do reino mineral, ainda nos esclarece que o �tomo primitivo referido na quest�o acima � o �tomo da mat�ria c�smica primitiva, ainda ignorado pelos estudos humanos.

Vejamos, ainda, a brilhante resposta que consta da quest�o n� 607-A, de O Livro dos Esp�ritos, quando Allan Kardec pergunta se a alma foi o princ�pio inteligente dos seres inferiores da cria��o: �N�o dissemos que tudo se encadeia na natureza e tende � unidade? � nesses seres, que se est� longe de conhecer plenamente, que o princ�pio inteligente se elabora, individualiza-se pouco a pouco, e ensaia para a vida. De certa forma, � um trabalho preparat�rio, como o da germina��o, em seguida ao qual, o princ�pio inteligente sofre uma transforma��o e se torna Esp�rito...�.

A quest�o n� 607-A est� inserida no cap�tulo XI, da 2� parte de O Livro dos Esp�ritos, que trata dos reinos inferiores (mineral, vegetal e animal), portanto, quando os Esp�ritos superiores aduzem que � nesses seres inferiores da cria��o que o princ�pio inteligente se elabora e individualiza-se, incluem, obviamente, o reino mineral.

Quando se utiliza a frase de que Deus jamais uniria um Esp�rito a uma pedra (�A G�nese�, cap�tulo XI, item 10), conv�m assinalar que tal assertiva � verdadeira, porque seria um retrocesso da evolu��o que o Esp�rito, j� no est�gio da raz�o, ou que ainda estivesse como princ�pio espiritual nos reinos vegetal e animal, com a sua estrutura energ�tica inicial elaborada, tivesse que regressar ao reino mineral.

Conv�m citar a obra �Evolu��o An�mica�, de Gabriel Delanne, com o escopo de compreendermos um pouco mais o significado da evolu��o do princ�pio espiritual no reino mineral.

Esse autor, numa compara��o magn�fica, nos diz que no reino mineral propicia a solidez, a conquista simb�lica da estrutura �ssea do princ�pio espiritual. (Cap�tulo II, item �A Evolu��o da Alma�.)

Dessa forma, dentro de nossa linguagem ainda empobrecida, poder�amos dizer que Deus cria o princ�pio espiritual, que se expressa inicialmente como um foco de energia dispersa, sendo que no reino mineral essa energia se submeteria � a��o da lei de atra��o e repuls�o, que basicamente gera a aglutina��o da mat�ria, a fim de que possa conquistar a solidez, obtendo uma estrutura energ�tica mais individualizada, no rumo da complexidade.

� por esse motivo que Joanna de �ngelis fala de modifica��o estrutural, n�o obstante nos faltem conhecimento e palavras para melhor nos expressarmos quanto a esse per�odo evolutivo do princ�pio espiritual.

Quando falamos que o princ�pio espiritual � um foco de energia, obviamente n�o se trata de uma energia qualquer, porque no ato da cria��o Deus est� gerando seus filhos, que povoar�o o Universo, tanto que na quest�o n� 27 de O Livro dos Esp�ritos os benfeitores espirituais revelam que existem tr�s coisas que s�o o princ�pio de tudo, isto �, Deus, esp�rito e mat�ria - a trindade universal.

Na escalada evolutiva, ap�s estagiar no reino mineral, que apenas servir� para quest�es estruturais do princ�pio espiritual, este ir� para o reino vegetal, onde come�ar� a desenvolver fun��es mais complexas, pois j� come�ar� a experimentar as sensa��es rudimentares, a respira��o, a alimenta��o, a sensibilidade e ter� um sistema nervoso ainda embrion�rio, portanto, estar� submetido a uma vida mais organizada, onde estar� presente a vitalidade.

Ap�s milh�es de anos, estar� habilitado a ingressar no reino animal, onde, atrav�s do instinto, come�ar� a desenvolver as bases da intelig�ncia, que permitir� ao princ�pio espiritual converter-se em esp�rito, quando adquirir a raz�o, permitindo-o o ingresso no reino hominal, n�o podendo ser esquecido que h� os elos de transi��o entre esses reinos, que poder�o se dar em outros mundos ou nas regi�es espirituais.

Por esse motivo, mostra-se inquestion�vel e ver�dica a frase de L�on Denis, na obra �O Problema do Ser, do Destino e da Dor�, a saber: �Na planta, a intelig�ncia dormita; no animal sonha; s� no homem acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente�.

Note-se que L�on Denis fala da intelig�ncia e n�o do esp�rito. Este, sim, dorme no mineral, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no hominal, numa representa��o da escalada evolutiva do esp�rito, que, fatalmente, atingir� a perfei��o relativa.

Reflitamos sobre a seguinte frase: �Deus prossegue criando sem cessar. O Seu psiquismo d� nascimento a verdadeiros fasc�culos de luz, que cont�m em germe toda a grandeza da fatalidade do seu processo de evolu��o�. (Joanna de �ngelis, na obra �Ilumina��o Interior�, no cap�tulo �A Divina Presen�a�.)

Diante do exposto, passamos a compreender a profunda assertiva de Jo�o, o disc�pulo de Jesus, quando diz que �DEUS � AMOR�, de tal sorte que somos express�es do seu infinito amor e estamos destinados � angelitude, cabendo-nos a tarefa de desenvolver o �deus interno� que h� dentro de n�s, atrav�s da busca da verdade e do bem.

Alessandro Viana Vieira de Paula

PAZ, MUITA PAZ!

A evolu��o do Esp�rito no reino mineral

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