T�pico: A cura do pastor C�cero (Lida 2777 vezes)

dOM JORGE · « **em:** 22 de Setembro de 2012, 01:55 »

VIVA JESUS!

Boa-tarde! queridos irm�os.

A cura do pastor C�cero

C�cero era h� muitos anos pastor de respeit�vel igreja evang�lica. Esp�rito de elevada hierarquia e conquistas no campo da moralidade, conduzia com sucesso o seu rebanho. Fraterno, solid�rio, os fi�is encontravam em seus ombros travesseiros confort�veis para o desabafo. Homem �ntegro e correto jamais se furtava aos deveres crist�os de socorrer quem quer que fosse.

Certo dia, por�m, ap�s culto, C�cero sentiu forte pontada nas costas. No come�o pensou ser apenas algo passageiro, mas como elas insistiam, ele resolveu procurar o m�dico. Ap�s uma s�rie de exames, o doutor deu-lhe a not�cia fat�dica:

� Senhor C�cero, um grande tumor est� alojado em seu pulm�o e pelo aspecto n�o � coisa boa. Devemos oper�-lo quanto antes.

A comunidade inteira espantou-se. Por que aquilo fora acontecer justamente com o pastor C�cero, homem bom e honrado?

Com sua f� inabal�vel em Deus, o pastor apenas respondia aos fi�is:

� Oremos, meus caros, oremos e nos resignemos � vontade do Pai. Se a enfermidade me visitou, h� algum prop�sito nisso tudo, pois o Senhor tem algum plano para minha vida.

E confiante, o pastor C�cero submeteu-se � cirurgia para a retirada do tumor.

No entanto, algo inexplic�vel aconteceu. O m�dico, ao abrir-lhe o peito constatou que no local do tumor havia uma grande cicatriz, nada, al�m disto.

Assustado, o doutor disse:

� N�o entendo, pastor, nada encontramos. O senhor est� liberado de qualquer tratamento. Faremos alguns exames preliminares, mas est� aparentemente curado... Se n�o fosse comigo, juro que n�o acreditaria. Coloquemos, pois, na conta do inexplic�vel - disse o cientista c�tico.

O pastor apenas respondeu:

� Para Deus, doutor, nada � imposs�vel e tudo � explic�vel. Afinal, Ele tudo pode, tudo sabe e tudo v�.

O m�dico apenas sorriu, como se acreditasse nas palavras do pastor.

Troquei apenas os nomes para preservar a identidade do pastor. Mas o relato acima � fato.

Milagre? Seria um milagre?

Allan Kardec vem em nosso socorro e explica que os milagres s�o apenas as leis naturais da vida agindo, portanto, n�o existem. Todas as maravilhas da natureza que ainda n�o foram devastadas pela ci�ncia recebem o nome de milagre. Mas, na verdade, os milagres inexistem. Compreende-se, pois, que diversos casos dados como irrecuper�veis pela ci�ncia do Homem n�o o s�o para a perfeita ci�ncia divina.

Dentro das leis naturais existe a mediunidade de cura que � a capacidade que algumas pessoas t�m de curar pelo simples toque, gesto ou olhar, sem a necessidade de medica��o. Nesses casos, o fluido magn�tico desempenha relevante papel. � o que nos explica Allan Kardec em A G�nese, cap. 14 � M�diuns curadores.

Na literatura da codifica��o h� vasto campo para ser explorado pelo estudioso esp�rita. No Evangelho, por exemplo, dentre tantos epis�dios citamos o da mulher que h� 12 anos sofria de hemorragia e, vendo todas as possibilidades esgotadas, busca socorro no Nazareno, tocando-lhe as vestes. O simples toque soluciona seu problema. O mestre, ent�o, diz � mulher: Tua f� te salvou.

Jesus, portanto, situa a f� como fator primordial para a cura do indiv�duo. Explica Kardec em A G�nese, cap�tulo XV, que duas criaturas portadoras da mesma enfermidade, apresentadas ao m�dium curador, podem obter resultados diferentes, pois a falta de f� atua como uma esp�cie de bloqueador, uma energia que recha�a os fluidos emanados do m�dium de cura.

Recordo-me que, antes de ser esp�rita, muitas vezes levei alguns de meus familiares para participar de trabalhos de cura. Jamais receberam qualquer benef�cio, pois adentravam o local cheios de d�vidas e incertezas quanto �s gra�as que ali foram buscar. Tivessem, quem sabe, um pouco mais de f� e poderiam ser agraciados com as b�n��os dos C�us.

Faltou-lhes algo que sobrou ao pastor C�cero: f� e confian�a nos planos maiores que dirigem a vida.

A quest�o da f� � igual a um time de futebol ou qualquer outro esporte. Se entrarmos em campo derrotados, considerando que o advers�rio vencer� a partida, tenhamos a certeza de que o jogo est� perdido antes mesmo de come�ar.

Muita gente perde o jogo da vida por falta de f�. N�o podemos perd�-la, jamais. Kardec ensina que a f� n�o se trata de algo sobrenatural, mas de uma das mais significativas for�as que nos beneficiam na jornada terrena. O Espiritismo, pois, ensina a f� inteligente, com raz�o e l�gica.

Tenhamos, pois, f� e confian�a nos des�gnios de Deus. � isto que nos ensina a Doutrina Esp�rita e sob as suas diretrizes � que devemos caminhar. Ali�s, o pastor C�cero nem era esp�rita, mas tinha f�. Como constatamos, a f� est� dispon�vel a todos, independentemente de religi�o. A vantagem do Espiritismo � que elucida com clareza as raz�es pelas quais devemos ter esta f� inabal�vel.

Wellington Balbo

PAZ, MUITA PAZ!

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