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Autor Tópico: Consequências espirituais do aborto  (Lida 2675 vezes)

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Offline dOM JORGE

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Consequências espirituais do aborto
« em: 23 de Setembro de 2016, 09:17 »
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                                                                   VIVA JESUS!




               Bom-dia! queridos irmãos.




                       Consequências espirituais do aborto para a mãe e para o




espírito

               
O QUE DIZ A MEDICINA ESPÍRITA? As complicações clínicas advindas dos abortos provocados na esfera ginecológica são inúmeras e podem, inclusive, determinar o êxito letal da mulher. No campo psicológico, são comuns os processos depressivos subseqüentes que acometem as mulheres que se submeteram à eliminação da gestação indesejada. A sensação de vazio interior, mesclada com um sentimento de culpa consciente e inconsciente, freqüentemente, determina uma acentuada baixa de vibração na psicosfera feminina.

Paralelamente, a ação do magnetismo mental do espírito expulso passará gradativamente a exacerbar a situação depressiva materna.

Como já estudamos, em muitos casos, aquele que reencarnaria como seu rebento estava sendo encaminhado para um processo de reconciliação afetiva. O véu do esquecimento do passado é que possibilitaria a reaproximação de ambos sob o mesmo teto. Com o aborto provocado, à medida que o espírito recobra a consciência, passa, nesses casos, a emitir vibrações que, pelo desagrado profundo, agirão de forma nociva na psicosfera materna. Em que pese o esforço protetor exercido pelos mentores amigos, em muitas circunstâncias se estabelece o vínculo simbiótico, mergulhando a mãe nos tristes escaninhos da psicopatologia.

Ao desencarnar, de volta ao plano espiritual, a mãe apresentará em diversos níveis, conforme o seu grau de responsabilidade, distonias energéticas que se farão representar por massas fluídicas escuras que comporão a estrutura de seu psicossoma (perispírito). Apesar de serem atendidas com os recursos e as técnicas terapêuticas existentes no mundo astral, a chaga energética, em muitos casos, se mantém, em função da gravidade e agravantes existentes.

As lesões na textura íntima do psicossoma a que nos referimos, muitas vezes, só podem ser eliminadas numa próxima encarnação de características expiatórias.

Expiação, longe de ter uma conotação punitiva, pois esse critério não existe na planificação superior, é um método de eliminação das desarmonias mais profundas para a periferia do novo corpo físico. A expiação sempre tem função regeneradora e construtiva e visa restaurar o equilíbrio energético perdido por posturas desequilibradas do passado.

As deficiências que surgirão no corpo físico feminino, pelo mecanismo expiatório, visa, em última análise, suprimir o mal, drená-lo para a periferia física. Segundo os textos evangélicos: “A cada um de acordo com as próprias obras”.

Os desajustes ocorrem inicialmente nas energias psicossomáticas do chacra genésico, implantando-se nos tecidos da própria alma as sementes que germinarão no seu novo corpo físico, em encarnação vindoura, como colheita de semeadura anterior.

RESPONSABILIDADE PATERNA

Se é verdade que a mulher se constitui no ninho onde se aconchegam os ovos, que, acalentados pelo amor, abrir-se-ão em novos filhotes da vida humana, não há como se esquecer da função paterna.

A pretensa igualdade pregada por feministas, que mais se mostram como extremistas, não permite que se enxergue pela embaciada lente do orgulho, que a mulher jamais será igual ao homem. A mulher é maravilhosamente especial para se igualar a nós homens.

Já nos referimos às complexas conseqüências para o lado materno no caso da interrupção premeditada da gestação.

Faz-se necessário, não só por uma questão de esclarecimento, mas até por justiça, estudarmos os efeitos sobre o elemento paterno que, muitas vezes, é o mentor intelectual do crime.

Desertando do compromisso assumido, ou pressionando pela força física ou mental, o homem, a quem freqüentemente a mulher se subordina para manter a sobrevivência, obriga a sua companheira a abortar. Não estamos eximindo quem quer que seja da responsabilidade, pois cada qual responde perante a lei da natureza proporcionalmente à sua participação nos atos da vida. A mãe terá sua qüota de responsabilidade, ou de valorização, devidamente codificada nos computadores do seu próprio espírito.

O homem, freqüentemente, obterá na existência próxima a colheita espinhosa da semeadura irresponsável. Seu chacra coronário ou cerebral, manipulador da indução ao ato delituoso, se desarmonizará gerando ondas de baixa freqüência e elevado comprimento ondulatório. Circuitos energéticos anômalos se formarão nesse nível, atraindo por sintonia magnética ondas de similar amplitude e freqüência, abrindo caminho à obsessão espiritual.

As emanações vibratórias doentias do seu passado, que jaziam adormecidas, pulsarão estimuladas pela postura equivocada atual e abrirão um canal anímico de acesso aos obsessores.

O chacra genésico também recebe o influxo patológico de suas atitudes, toma-se distônico e, na seguinte encarnação programa automaticamente pelos computadores perispirituais a fragilidade do aparelho reprodutor. Objetivamente, veremos moléstias testiculares e distúrbios hormonais como reflexos do seu pretérito.

Lembramos sempre que não se pode generalizar raciocínios nem padronizar efeitos, pois cada espírito tem um miliar de responsabilidades e, a cada momento, atos de amor e de crescimento interior diluem o carma construído no passado.

CONSEQÜÊNCIAS PARA O ABORTADO

A especificidade de cada caso determina situações absolutamente individuais no que se refere às repercussões sofridas pelo espírito eliminado de seu corpo em vias de estruturação.

Se existe na ciência do espírito uma regra fundamental que rege a lei de causa e efeito, poderíamos enunciá-la assim: A reação da natureza sempre se fará proporcional à intencionalidade da ação. Isto é, jamais poderemos afirmar que um determinado ato levará inexoravelmente a uma exata conseqüência.

Quando a responsabilidade maior da decisão coube aos encarnados, pai e ou mãe, eximindo o espírito de participação voluntária no aborto, teremos um tipo de situação a ser analisada.

O espírito, quando de nível evolutivo mais expressivo, tem reações mais moderadas e tolerantes. Muitas vezes seria ele alguém destinado a aproximar o casal, restabelecer a união ou, mesmo no futuro, servir de amparo social ou efetivo aos membros da família. Lamentará a perda de oportunidade de auxílio para aqueles que ama. Não se deixará envolver pelo ódio ou ressentimento, mesmo que o ato do aborto o tenha feito sofrer física e psiquicamente. Em muitos casos, manterá, mesmo desencarnado, tanto quanto possível, o seu trabalho de indução mental positiva sobre a mãe ou os cônjuges.

Nas situações em que o espírito se encontrava em degraus mais baixos da escada evolutiva, as reações se farão de forma mais descontrolada e, sobretudo, mais agressiva.

Espíritos destinados ao reencontro com aqueles a quem no passado foram ligados por liames desarmônicos, ao se sentirem rejeitados, devolvem na idêntica moeda o amargo fel do ressentimento.

Ao invés de se sentirem recebidos com amor, sofrem o choque emocional da indiferença ou a dor da repulsa. Ainda infantis na cronologia do desenvolvimento espiritual, passam a revidar com a perseguição aos cônjuges ou outros envolvidos na consecução do ato abortivo.

Em determinadas circunstâncias, permanecem ligados ao chacra genésico materno, induzindo consciente ou inconscientemente a profundos distúrbios ginecológicos aquela que fora destinada a ser sua mãe.

Outros, pela vampirização energética, tornam-se verdadeiros endoparasitas do organismo perispiritual, aderindo ao chacra esplênico, sugando o fluido vital materno.

As emanações maternas e paternas de remorso, de culpa ou outras que determinam o estado psicológico depressivo, abrem caminho no chacra coronário dos pais para a imantação magnética da obsessão de natureza intelectual.

A terapêutica espiritual, além da médica, reconduzirá todos os envolvidos ao equilíbrio, embora freqüentemente venha a ser longa e trabalhosa.

Há também espíritos que, pela recusa sistematicamente determinada em reencarnar, para fugir de determinadas situações, romperam os liames que os unia ao embrião. Estes terão seus débitos cármicos agravados e muitas vezes encontrarão posteriores dificuldades em reencarnar, sendo atraídos a gestações inviáveis e a pais necessitados de vivenciar a valorização da vida.

No entanto, o grande remédio do tempo sempre proporcionará o amadurecimento e a revisão de posturas que serão gradativamente mais harmoniosas e, sobretudo, mais construtivas.

Todos terão oportunidade de amar.

Extraído da Revista Cristã de Espiritismo, nº 26, páginas 06-11.








                                                                                                              PAZ, MUITA PAZ!


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Re: Consequências espirituais do aborto
« Responder #1 em: 14 de Setembro de 2020, 08:45 »
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             Bom-dia! queridos irmãos.





                     

Crianças de 10 anos: aborto por estupro




“Porque, se o ponto de partida é falso, as consequências devem também ser falsas.” (ALLAN KARDEC, Revista Espírita 1862.)


Diante da repercussão do caso de uma criança de 10 anos ter ficado grávida em razão de estupro e a justiça permitindo a realização do aborto, vários comentários surgiram na Internet, prós e contras a tal ato.

Acreditamos que, da parte de muitos espíritas, não está havendo maior amplitude na análise da questão. Querem trazer para hoje conceitos do século XIX, quando esse tipo de fato, talvez, nem acontecia a nível dos da atualidade ou era insignificante a quantidade.

E, também, é certo que os Espíritos superiores não responderam tudo e, em alguns casos, suas respostas não avançaram mais do que aquilo que lhes foi perguntado.

Allan Kardec (1804-1869) sequer preocupou-se com o estupro em relação aos adultos, que dirá a respeito de crianças de 10 anos.

A Federação Espírita Brasileira, que faz campanha contra o aborto, publicou o livro O que dizem os Espíritos sobre o aborto, do qual destacamos o seguinte trecho:


VI – Aborto por estupro

Justo é se perguntar se foi a criança que cometeu o crime. Por que imputar-lhe responsabilidade por um delito no qual ela não tomou parte?

Portanto, mesmo quando uma gestação decorrente de uma violência, como o estupro, a posição espírita é absolutamente contrária à proposta do aborto, ainda que haja respaldo na legislação humana.

No caso de estupro, quando a mulher não se sinta com estrutura psicológica para criar o filho, cabe à sociedade e aos órgãos governamentais facilitar e estimular a adoção da criança nascida, em vez de promover a sua morte legal. O direito à vida está, naturalmente, acima do ilusório conforto psicológico da mulher. ([1]) (grifo nosso)


Observe, caro leitor, que no texto se fala de mulher, não de uma criança de 10 anos. E vendo sob essa ótica, entendemos que é razoável o que foi dito, ou seja, que não se faça aborto nos casos de estupro.

Em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV – Honrai a vosso pai e a vossa mãe, da mensagem de Santo Agostinho destacamos o seguinte trecho:


Ó espíritas! Compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma: esta é a missão que vos foi confiada e cuja recompensa recebereis, se a cumprirdes fielmente. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. […]. ([2]) (grifo nosso)


A questão que se poderá colocar é: como uma criança de 10 anos, ainda carente de educação dos pais vai conseguir aproximar de Deus a alma da criança que nascer de seu ventre? Fora a questão de manter-lhe a vida, proporcionando-lhe, por exemplo, alimentação adequada.

Em O Livro dos Espíritos, encontramos uma questão que trata da possibilidade de se fazer aborto sem que haja comprometimento perante a Lei de Amor:


358. O aborto provocado é um crime, seja qual for a época da concepção?

“Há crime toda vez que transgredis a Lei de Deus. Uma mãe, ou qualquer outra pessoa, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do nascimento, pois está impedindo uma alma de suportar as provas de que serviria de instrumento o corpo que estava se formando.”

359. No caso em que o nascimento da criança puser em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar a criança para salvar a mãe?

“É preferível sacrificar o ser que ainda não existe a sacrificar o que já existe.” ([3]) (grifo nosso)


Não acreditamos que Allan Kardec ao perguntar, na questão 358, se é um crime, teria pensado na possibilidade do aborto por estupro, embora achemos bem racional o que encontramos em outras obras espíritas posteriores às da Codificação. Aliás, em todas as obras que publicou, a questão 359 é o único local em que se fala da possibilidade de aborto.

A Legislação Brasileira permite o aborto em três situações ([4]):

– quando há risco de morte para a gestante

– quando a gravidez é resultante de estupro

– quando o feto é anencéfalo.

Em Leis de Amor (1963), Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier (1910-2002), assevera que “O aborto provocado, mesmo diante de regulamentos humanos que o permitam, é um crime perante as Leis de Deus”. ([5]) Também não podemos deixar de questionar: o que foi dito vale para crianças de 10 anos?

O que vemos é que o tema é bem mais complexo do que se apresenta para grande parte das pessoas. Para alguns, a mulher está mais para uma reprodutora do que qualquer outra coisa, daí acharem que essa criança de 10 anos tenha que criar um bebê que veio ao mundo pela violência.

Aliás, somos de uma maneira geral, bem hipócritas, pois ao defendermos a vida de um feto, muitas vezes não ligamos se um adulto está morrendo de fome, de frio, por falta de assistência médica adequada etc. Além disso, podemos mencionar os nossos queridos velhos que são literalmente trancafiados em asilos, abandonados pelos filhos que dizem defender o direito à vida.

Após algumas reflexões chegamos à conclusão que nós não sabemos se é justo advogar contra o aborto como no caso mencionado. Mas uma coisa é certa: há risco de vida, levando-se em conta o que a ginecologista e obstetra Melania Amorim, professora universitária na Paraíba e em Pernambuco, com mais de 30 anos de profissão, afirma: “Acompanhei gestantes de 10 anos em estado grave na UTI” ([6]).

O que ficou bem claro para nós é que o assunto é muito complexo e envolve vários pontos que não podem ser relegados, mas analisados dentro de uma perspectiva maior, uma vez que uma criança de 10 anos também tem todo o direito de ser criança: está na fase de brincar de boneca e não de embalar um bebê.


Referências bibliográficas:

FEB – Federação Espírita Brasileira. O que dizem os Espíritos sobre o aborto. Rio de Janeiro: FEB, 2007.

KARDEC, A. O Evangelho segundo o Espiritismo. Brasília: FEB, 2013.

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Brasília: FEB, 2013.

XAVIER, F. C. e VIEIRA, W. Leis de Amor, São Paulo: FEESP, 2008.

MARTINS, R. Como funcionam as leis sobre o aborto no Brasil e no mundo, disponível em: UOL notícias  Acesso em: 19 ago. 2020.

LEMOS, V. “Acompanhei gestantes de 10 anos em estado grave na UTI”: médica detalha os riscos de uma criança grávida, disponível em: BBC portuguese Acesso em: 19 ago. 2020.


 
[1]      FEB, O que dizem os Espíritos sobre o aborto, p. 117.

[2]      KARDEC, O Evangelho segundo o Espiritismo, p. 197.

[3]      KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 191.

[4]      MARTINS, Como funcionam as leis sobre o aborto no Brasil e no mundo, disponível em: UOL notícias  Acesso em: 19 ago. 2020.

[5]      XAVIER, e VIEIRA, Leis de Amor, p. 15

[6]      LEMOS, ‘Acompanhei gestantes de 10 anos em estado grave na UTI’: médica detalha os riscos de uma criança grávida, disponível em: BBC portuguese Acesso em: 19 ago. 2020.


           Paulo da Silva Neto Sobrinho








                                                                                                       PAZ, MUITA PAZ!



 

 

   


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Re: Consequências espirituais do aborto
« Responder #2 em: 19 de Setembro de 2020, 14:12 »
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             Bom-dia! queridos irmãos.





                     
Sobre abortos e abortos


Júlia foi minha colega de trabalho. Quando ela ingressou na empresa, estava vindo de uma fase de desemprego. Meses depois, ela engravidou do quarto filho, que nasceu em novembro, lembro até hoje. Após a licença-maternidade, voltou com mil histórias para contar sobre a menina que tinha nascido para dar mais cor à vida dela, do marido e dos três filhos mais velhos – duas meninas e um menino.

Certa vez, quando almoçávamos juntos, ela me perguntou sobre a visão espírita do aborto. Disse, então, que o aborto não convinha porque o Espírito se liga ao feto no momento em que óvulo e espermatozoide se encontram, que já há vida plena no embrião etc. Júlia, então, para o meu espanto, começou a chorar. E de remorso. Motivo: ela havia feito um aborto na época em que estava desempregada. Detalhe: o marido também estava sem trabalho. Desesperados, com orçamento apertado e três filhos para criar, acabaram optando pela interrupção da gravidez do quarto rebento. Disse a ela para ficar tranquila. Afinal, tempos depois de ela e o marido terem voltado a trabalhar, engravidara novamente e tivera a criança. A meu ver, os amigos espirituais haviam compreendido o sufoco material que a família atravessava e resolveram dar uma chance até a situação se recompor. Como ambos já estavam reinseridos no mercado de trabalho, nova gravidez acontecera e aquele Espírito que tanto queria reencarnar havia tido o tão esperado ensejo. Ao saber disso, Júlia compreendeu a grandeza das leis de amor que regem o universo, respirou aliviada e almoçou em paz. E até onde eu percebera, dera adeus ao remorso.

 

 

Clarice estava grávida do primeiro filho. Quarto decorado, enxoval comprado. Seria também o primeiro neto de ambos os lados do casal. Por isso, os pais, os sogros, os irmãos e os cunhados de Clarice enchiam-na de mimos. Só que o menino nasceu com sérios problemas e durou pouquíssimas horas. Luto na família! Frustração geral! Clarice entrava no quartinho que seria do bebê e começava a chorar. Só que, em dado momento, deu-se conta que estava viva, era moça, tinha um marido e uma carreira e seguiu adiante, na certeza de que engravidaria novamente. E engravidou! Só que, por volta do terceiro mês, teve rubéola, doença que costuma acarretar malformações no feto, microcefalia, surdez, cegueira... Alguns familiares começaram a falar em aborto. Clarice e o marido, no entanto, resolveram dar uma chance à criança. Ela viria ao mundo e seria amada do jeito que viesse! E nasceu uma menina com uma anomalia mínima: um dedo faltando em uma das mãos. Somente isso! Depois dela, o casal teve mais dois filhos. A primogênita, hoje, é uma profissional liberal e mãe de família. E quase ninguém percebe que ela tem quatro dedos na mão esquerda. Ou será na direita? Nem sei, pois nunca prestei atenção!

 

 

Valéria tinha dois anos de casada quando o marido precisou viajar para o exterior a trabalho. Anos 60 do século XX, muitas novidades acontecendo pelo mundo. O marido estava em ascensão na empresa, e o ensejo de passar seis meses na matriz, na Europa, faria com que ele voltasse ocupando um cargo melhor, o que seria ótimo para a vida do casal. 

Só que, um mês após a viagem, Valéria foi assaltada e estuprada. E descobriu-se grávida tempos depois! Apesar de estarmos na década dos hippies, dos Beatles e afins, a tradicional família brasileira de então jogava (e ainda joga) a culpa na mulher. Os pais e sogros de Valéria eram bem rígidos, e ela não contara a ninguém que havia sido estuprada, tamanha a vergonha! Como contar agora que engravidara! Como explicar ao marido o ocorrido quando ele retornasse? Como justificar a barriga de grávida que fatalmente apareceria? Ele acreditaria que a esposa havia sido vítima de um assalto seguido de estupro? Como provar?

Desesperada e sozinha, Valéria recorreu ao aborto. Apesar do procedimento agressivo e traumático, respirou aliviada. Tempos depois de o marido ter regressado, Valéria engravidou da primeira filha. Um menino e outra menina vieram nos anos subsequentes. Quando Valéria contou essa história ao marido, ambos já estavam na casa dos 50 anos. Abraçaram-se emocionados, e ele entendeu perfeitamente a dor, a angústia e a solidão pelas quais a amada passara. Seguiram felizes, com o amor fortalecido.

 

 

A gravidez de primeira viagem havia chegado para Marisa. Muita esperança e alegria entre ela e o amado. Jovem e professora de educação física, ela sabia o que era preciso para manter o corpo saudável. Por isso, exercitava-se e mantinha uma alimentação balanceada. Tudo para manter a própria saúde e a do bebê. Subitamente, aos três meses de gravidez, Marisa teve um sangramento intenso. A família correu com ela para o hospital, mas não teve jeito. Aborto espontâneo.

A vontade que Marisa sentiu nos primeiros dias depois da alta hospitalar foi de nunca mais sair de casa. Queria ficar no quarto, deitada. As forças lhe faltavam. Incentivada pela família e amigos, ela foi retomando o ritmo das atividades e recuperou a alegria de viver. Ao comentar comigo o acontecido, observou que a iminência ante a perda do filho fora, até então, a dor mais aguda que sentira. E completou: – Se eu, que sofri um aborto espontâneo, experimentei uma agonia indescritível a caminho do hospital, fico imaginando a dor moral pela qual passa a mulher que se dirige rumo a um aborto decidido por ela própria. Um aborto que ela fará por estar sozinha, desesperada, sem condições de criar a criança, pressionada ou abandonada pelo companheiro. Nenhuma mulher que tomou a decisão de fazer um aborto encara o procedimento como se fosse uma cirurgia corriqueira. A dor moral que senti ante o aborto espontâneo que sofri foi intensa, mas a dor que uma mulher que opta pela interrupção proposital da gravidez deve ser bem pior. Pensei, então, com os meus botões: – Ainda mais se levarmos em conta o local e as condições em que tudo é feito.

 

*

Estas são apenas quatro histórias que mostram como é complexa para a mulher a questão do aborto. Mostram também, como já observado em outro artigo de minha autoria, que um aborto nunca é igual a outro. Por isso, não dá para analisá-los sob a mesma ótica. Muito menos julgá-los.

Se para nós, míseros humanos imortais, essa premissa precisa prevalecer, imaginem para Deus, que é amor, conforme a bela e exata definição do apóstolo João.  Se Deus é amor, ele não condena, não julga, não discrimina, não castiga. Nem perdoar ele perdoa, pois, para perdoar, ele precisa ter se ofendido. Mas como Deus não é uma pessoa, e sim uma força maior que não cabe dentro da estreiteza do nosso raciocínio, ele apenas ama!

A Providência Divina, uma espécie de sistema operacional do Criador, entendeu a angústia de Lúcia e lhe possibilitou, em nova gravidez, receber a menina que fora abortada porque ela e o marido estavam em situação difícil. Também consolou Clarice quando da perda do primeiro filho e incentivou-a a levar a segunda gravidez a termo. Também deu a mão à Valéria no momento de decisão tão difícil, entendo-lhe os motivos e possibilitando, mais adiante, o ensejo de ter três filhos com o homem que amava. E finalmente, amparou Marisa no momento do aborto espontâneo e deu-lhe forças para reerguer-se, preparando-a, futuramente, para ser mãe.

Deus age de forma diferente por diversas formas e circunstâncias. Conhece nossas forças e fraquezas, ampara-nos nos momentos de dor, entende nossas limitações e nos dá o ensejo de refazermos a jornada.

Por mais duras que sejam as críticas dos homens e os preceitos dessa ou daquela religião acerca do aborto, tenhamos em mente que Deus conhece intimamente cada um de nós. E que, quando muitos nos apedrejam e nos ferem, é ele que nos abraça e restaura nossas forças.
 
 
         Marcelo Teixeira







 
   
                                                                                                      PAZ, MUITA PAZ!


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